Boxeador mulçumano é banido por causa da barba

Mohammed Patel, um boxeador mulçumano, foi banido do esporte por usar barba por conta de suas crenças religiosas.

A Associação Inglesa de Boxe Amador (ABAE) disse que o lutador não tem permissão para lutar com barba. A Associação exige que o lutador de 25 anos raspe a barba, porque nas regras do boxe amador um lutador tem de estar com a cara limpa. Barba ou bigodes são proibidos.

Patel, que foi barrado dos ringues, disse que a confirmação das regras pela ABAE o discrimina por conta de sua religião.

Inayat Omarji, falou em nome do Conselho das Mesquitas de Bolton. "Se o corpo governamental não aceita religiões sensíveis, então temos um grande problema".

O boxeador contou que ficou "chocado" quando foi avisado da proibição. Nos boxe, os sikhs (homens adeptos a essa religião de origem indiana têm de ter os cabelos compridos) tem permissão para amarrar o cabelo para trás com um estranho líquido, de acordo com as regras do órgão regulador. "Eu não sei o que dizer. Quando vi o livro de regras, pensei: O que eu posso fazer?", disse Patel.

Um porta voz da ABAE se pronunciou sobre o assunto. "Isso não é discriminatório. Sikhs são autorizados a reter seus cabelos com líquidos. Assim, os árbitros conseguem ver rapidamente e claramente se houver um corte. A regra existe para os boxeadores para a própria segurança e não para discriminar nenhuma religião particular".

Barbas são proibidas no boxe profissional também. O caso mais atual é o do britânico do peso pesado, Danny Willians. Mulçumano, descobriu a regra na disputa, contra Vitali Klitschko, pelo título mundial em Las Vegas, cinco anos atrás. Williams ameaçou retirar-se da luta se forçado a cortar a barba. Eles acabaram lutando, após Willians aparar a barba. Ainda assim, ele acabou nocauteado.

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