Vaga na Libertadores vira "salvação" da Copa Sul-Americana

Treinador do Atlético-MG, Vanderlei Luxemburgo, fraturou a perna em dividida com o genro Fabiano no rachão Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Através da Sul-Americana, Luxemburgo pode voltar à Libertadores com o Atlético-MG

Pela primeira vez na história, o campeão da Copa Sul-Americana ganhará uma vaga na Copa Libertadores da temporada seguinte. A novidade foi introduzida pela Conmebol e entra em vigor já em 2010, no torneio que começa a partir do próximo dia 3 de agosto. Com isso, o campeonato ganha um atrativo a mais e deve ser o mais disputado dos últimos tempos.

Desde 2002, ano de realização da primeira edição do certame, o time que conquistasse o título ao término do torneio não ganhava nada além de um troféu e uma irrisória quantia em dinheiro. A competição não conseguiu ganhar o status que tinha antes a Copa Mercosul, por exemplo, que até era valorizada por ser disputada apenas por grandes clubes sul-americanos.

Como a Libertadores sempre foi o principal sonho de consumo de todos os times da América, a Sul-Americana chegou e não conseguiu ficar nem em terceiro plano, já que muitas vezes as principais equipes entravam em campo com seus times reservas. O procedimento visava não atrapalhar o desempenho dos clubes em seus respectivos campeonatos nacionais, pois estes sim dão garantem vaga no torneio número 1 do continente.

Por isso, a Conmebol mudou o regulamento para 2010 e isso deve fazer com que os clubes - principalmente os brasileiros, que na maior parte das vezes desdenharam da competição - tratem a Sul-Americana com outros olhos, já que agora este passa a ser o caminho mais rápido para a Libertadores.

Mudança de regulamento deve mudar comportamento de brasileiros:

As equipes do País vão olhar a competição de outro modo a partir de agora. Com a vaga na Libertadores ao campeão assegurada, os times brasileiros precisam de apenas 10 jogos bem-sucedidos para levantar o troféu e garantir presença no principal campeonato do continente em 2011. Parece, principalmente para as equipes com menos recursos financeiros, muito mais simples do que ter que disputar exaustivos 38 partidas no Campeonato Brasileiro.

Além disso, a Série A é marcado por imenso equilíbrio e todas as equipes entram com chances iguais de brigar pelas primeiras posições ou de lutar contra o rebaixamento. Pelo grande equilíbrio a dificuldade acaba sendo muito maior, o que não acontece na Copa Sul-Americana, disputada por diversos times frágeis como o Trujillanos (Venezuela), a Universidade César Vallejo (Peru) e o Atlético Huila (Colômbia).

No caso de Grêmio Prudente e Atlético-MG, por exemplo. Quem avançar desse confronto encara, nas oitavas de final, Caracas (Venezuela), Deportivo Lara (Equador) ou Santa Fé (Colômbia). Com nova vitória, já está as quartas de final e a apenas seis partidas da vaga na Libertadores de 2011. Parece tarefa mais fácil do que ter que encarar dezenas de cansativas partidas no Brasileiro e ainda contar com os tropeços dos rivais, que geralmente possuem equipes equivalentes.

Por isso, possivelmente veremos Palmeiras, Grêmio, Santos, Atlético-MG, Grêmio Prudente, Avaí, Vitória e Goiás devem tratar o campeonato com mais seriedade do que a maioria de seus antecessores, que disputaram a competição com times reservas. É provável então que possamos ver mais de um clube brasileiro entre os quatro finalistas do torneio, fato que jamais aconteceu nos oito anos de disputa da Copa Sul-Americana.

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