Desfalcado de estrelas, Japão promete "alto nível" na Copa América

Meia Shinji Kagawa, do Borussia Dortmund, foi o grande destaque do Japão; ele marcou os dois primeiros gols e fez a jogada que resultou no terceiro. Foto: Getty Images

Um dos maiores destaques da seleção japonesa, meia Kagawa não será liberado pelo Dortmund para disputar a Copa América

O Japão pode não conseguir juntar seu time mais forte para a Copa América em julho, mas os campeões da última edição da Copa da Ásia prometeram não se retirar do torneio uma segunda vez.

"Quaisquer que sejam os jogadores que escolhermos, tenho confiança de que conseguiremos montar um time de alto calibre," garantiu Kozo Tashima, vice-presidente da Associação Japonesa de Futebol (JFA, na sigla em inglês) nesta quarta-feira, confirmando, desta forma, a ida do Japão até a Argentina, sede do torneio.

"Isso (outra desistência) não acontecerá. O nível dos nossos jogadores está muito melhor. Na Copa da Ásia (que aconteceu em 2011) não conseguimos reunir nossos melhores jogadores, mas ainda assim produzimos resultados."

O Japão, que jogará como convidado da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), deve atuar sem alguns jogadores-chave depois de reverter sua decisão original de se retirar da competição. Os clubes europeus, em especial, relutam para liberar seus jogadores para a Copa América.

"Os jogadores querem jogar o futebol de mais alto nível possível," disse Tashima, que está em Cingapura para promover a cooperação entre associação de futebol local e a JFA. "A Copa América é o mais antigo torneio continental, muito tradicional. Normalmente não podemos disputar partidas de tão alto nível e quase todos os jogadores querem participar."

O Borussia Dortmund, líder do campeonato alemão, não quer liberar o meio-campo Shinji Kagawa para jogar na Argentina, enquanto o zagueiro Atsuto Uchida, do Schalke 04, e o atacante Shinji Okazaki, do Stuttgart, provavelmente não viajarão. Já a J-League (a liga nacional japonesa) tampouco poderá liberar seus jogadores, já que a temporada foi adiada por conta do terremoto seguido de tsunami do mês passado.

"Os clubes e a seleção são como pilares trabalhando juntos. Temos que nos respeitar. Não se trata do que é mais ou menos importante", cravou o dirigente, que acrescentou que a JFA não espera que a Fifa flexibilize suas regras e obrigue os times europeus a liberar seus jogadores.

Por conta disso, Tashima declarou só poder torcer para garantir a atuação dos jogadores japoneses em clubes internacionais por meio de negociação com seus respectivos empregadores.

Na primeira fase da Copa América, o Japão vai encarar Argentina, Bolívia e Colômbia pelo Grupo A.

Comentários