Em abertura de Congresso da Fifa, Blatter fala em "momento perigoso"

Joseph Blatter é o presidente da FIFA desde 1998. Foto: Reuters

Blatter está à frente da Fifa desde 1998

Em seu texto inicial aos membros da Fifa na abertura do 61º Congresso da entidade, realizado em Zurique, o presidente Joseph Blatter a crise vivida pelo órgão máximo do futebol mundial. Em meio ao emaranhado de denúncia que a entidade está envolvida, Blatter ressaltou que o futebol vive um "momento perigoso".

"O mundo não está destruído por movimentos humanos, mas naturais. Vimos catástrofes no Haiti, Chile, Paquistão, Austrália, Nova Zelândia e Japão. Se até a natureza está se revoltando, porque não os homens", disse Blatter.

"Achei que estávamos vivendo um mundo de 'fair play' (jogo limpo) e disciplina. Este não é o caso. Porque nossa pirâmide da Fifa está insegura em alguns espaços e isto é perigoso. Amanhã, na abertura dos trabalhos do Congresso, eu falarei sobre esse perigo e mostrar como podemos brigar para que esse risco, para que nosso esporte possa se unir", completou o presidente.

Antes do discurso de Blatter, um malabarista fez um show com pequenas bola e depois com bolas que foram usadas na Copa do Mundo. O presidente da Fifa aproveitou a situação para novamente mencionar o momento crítico que vive a entidade.

"Vocês viram o show que o malabarista fez agora a pouco e como é fácil manejar pequenas bolas, mas difícil fazer o mesmo com bolas de futebol. Nosso jogo não é fácil, mas é fascinante. Para manter essa fascinação, nós temos que manter o respeito. Todos tem a responsabilidade de proteger o esporte. Mas falarei sobre isso amanhã, hoje é um dia festivo".

O 61º Congresso da Fifa é marcado pela eleição presidencial da entidade. Depois de denúncias de possível compra de voto para a Copa do Mundo de 2022, Mohamed Bin Hammam, presidente da Confederação Asiática de Futebol, decidiu retirar sua candidatura. Com isso, Blatter é candidato único.

A Federação Inglesa de Futebol (FA), porém, tenta conseguir o adiamento da eleição. De acordo com o presidente da FA, esta seria uma forma de "dar mais credibilidade ao processo" e faria com que algum candidato alternativo possa concorrer ao pleito.

Comentários