Ferj descarta mudança e Carioca seguirá com 16 clubes em 2013

Ferj discutiu os rumos do Campeonato Carioca. Foto: Paulo Sérgio/Agência Lance

Ferj discutiu os rumos do Campeonato Carioca

O campeonato estadual do Rio de Janeiro do próximo ano seguirá com 16 clubes, disse nesta terça-feira o presidente da Ferj (Federação de Futebol do Rio), Rubens Lopes. Ele descartou qualquer alteração no número de equipes na competição, mas admitiu que a fórmula de disputa poderá ser alterada. Ele sugeriu, inclusive, que os clubes de melhor campanha possam jogar com a vantagem do empate em partidas decisivas, nas semifinais e finais dos turnos.

"Não há como mudar para o ano que vem, devido ao Estatuto do Torcedor. Somente para 2014. A previsão é que duas equipes caiam e outras duas subam, e não há como alterar isso", afirmou, após a reunião do Conselho Arbitral da Ferj, que reuniu representantes dos clubes da primeira divisão do futebol do Rio.

Antes do início da reunião, os 12 clubes de médio e grande portes divulgaram um documento manifestando que não aceitavam uma redução no número de equipes na competição. Notícias que circularam nos últimos dias indicavam que a Ferj teria optado em fazer um campeonato menos inchado.

Durante a reunião, os representantes dos grandes clubes preferiram adotar uma postura política, e evitaram manifestar posição a respeito a alteração do número de clubes na competição.

Lopes, ao contrário, voltou a se apoiar em números para defender a manutenção de 16 clubes. Apresentou dados de campeonatos com 16, 12 e 10 clubes que não apresentaram diferenças pouco significativas de presença de público.

Rubens Lopes reconheceu que é preciso aumentar a presença de público nos estádios, mas ressaltou que o problema não é exclusivo do campeonato do Rio, ao exibir a média de público de jogos de outros clubes em diferentes estaduais, e até mesmo no campeonato brasileiro.

O dirigente fez uma defesa ferrenha do Estadual ao destacar que o campeonato do Rio é o que é transmitido para um maior número de cidades no Brasil, e de países ao redor do mundo.

"O campeonato atrai muito interesse, e tem público. Onde está esse público? Está na internet, está ouvindo rádio e comprando pacotes na televisão paga. Se não tivesse interesse, ninguém compraria pacotes na TV", questionou.

Para tentar identificar o que afasta o público dos estádios, a Ferj encomendou uma pesquisa especial para tentar entender as razões do baixo número de espectadores nos jogos. Lopes enumerou alguns dos motivos que diz achar que deixa os torcedores longe dos estádios, entre os quais o horário dos jogos, a violência, estrutura dos estádios e preços dos ingressos.

"Jogar às 22h talvez não seja satisfatório. O horário não é dos melhores. O preço do ingresso também não fica barato, ainda mais se for levado em conta outros gastos que o torcedor tem, como transporte e alimentação", comentou.

Um tema polêmico foi levantado por quase todos os dirigentes que discursaram. A proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios foi apontada como um dos fatores que podem estar tirando fãs de futebol dos jogos.

"Isso vem causando problemas no acesso aos estádios por conta de pessoas que ficam bebendo até pouco antes dos jogos", exemplificou o presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção.

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