Sem rivais, Terezinha tem recordes e Oscar do esporte como metas

Terezinha Guilhermina já conquistou o ouro dos 100 m T11 em Lyon Foto: Márcio Rodrigues/MPIX/CPB / Divulgação

Terezinha Guilhermina já conquistou o ouro dos 100 m T11 em Lyon

Terezinha Guilhermina tem um currículo como poucos possuem no esporte mundial. A paratleta é recordista mundial dos 100 m (12s01), dos 200 m (24s60) e dos 400 m (56s14), e tem ouros em praticamente todas as competições que disputou. Depois de vencer os 100 m T11 do Mundial de Atletismo de Lyon na última terça-feira, a mineira, 35 anos, admitiu que ainda tem objetivos inéditos que pretende conquistar antes da aposentadoria.

"Tem coisas que me motivam, conquistas no esporte. O Laureus eu já fui indicada e quero ganhar", disse a brasileira, referindo-se ao prêmio que é considerado o Oscar do esporte. Além da premiação, outra meta da mineira é abaixar seus recordes e atingir uma marca que ninguém consiga quebrar por anos.

"Um dia, quando eu vir com a minha neta na pista, quero ainda ser recordista. Ainda não fiz a marca que eu quero, então ainda estou me divertindo. Nem sou mãe, mas quero um tempo tão forte que quando eu vir com a minha neta, ainda serei recordista. Tenho que treinar, né (risos)", disse Terezinha, que pretende ter um filho somente após a Paralimpíada do Rio de Janeiro.

Os Jogos de 2016 serão um ponto importante para sua carreira. Antes a mineira cogitava se aposentar no Brasil, mas agora considera estender sua trajetória nas pistas. O fato de não sofrer lesões é algo que explica seu alto nível mesmo com 35 anos. "Eu me cuido bastante. Nunca me lesionei, faço um trabalho preventivo para não me machucar. Em relação a tempo de competição, pretendo até buscar o máximo o último dia em que for competir, quero entrar com condições de disputar a medalha de ouro", avisou.

A falta de adversárias do mesmo nível é algo que facilita o trabalho de Terezinha, afinal somente suas colegas brasileiras conseguem acompanha-la na pista. Na final dos 100 m, a final contou somente com a angolana Esperança Gicaso como "intrusa" na decisão verde e amarela - e a africana ainda foi desclassificada por ter queimado a largada.

"A atleta que eu conheço, que treina o suficiente para ganhar de mim, sou eu mesma. Não considero outra como minha adversária mais do que eu mesma", explicou Terezinha.

Terra

Comentários