São Paulo vence, mas é eliminado nos pênaltis pelo Atlético Nacional



Em uma noite de muita chuva, com queda de energia elétrica e uma pressão incrível emanada da arquibancada lotada do Morumbi, o São Paulo venceu o jogo, mas perdeu nos pênaltis e foi eliminado pelo Atlético Nacional na Copa Sul-Americana. A vitória por 1 a 0 (gol de Paulo Henrique Ganso, cobrando falta) no tempo normal levou a decisão às penalidades porque havia sido o mesmo placar do jogo da ida, mas a favor dos colombianos.

No duelo da volta, os colombianos se defenderam bem e conseguiram conter a pressão são-paulina no tempo normal para levar aos pênaltis. No momento decisivo, o São Paulo falhou. Erraram suas cobranças Alan Kardec (que escorregou no gramado molhado do Morumbi) e Rafael Toloi. Rogério Ceni fez o seu, assim como todos os colombianos, que acabaram vencendo por 4 a 1.

O Nacional espera agora quem passar do duelo entre Boca Juniors e River Plate, que se enfrentam na quinta. O jogo da ida terminou em empate sem gols.

Fases do jogo. Como se esperava, o São Paulo começou todo no ataque, mas, embora tenha dominado a posse de bola durante quase todo o primeiro tempo, chegava pouco ao ataque. Uma chute de Luis Fabiano parou nas mãos do goleiro Armani, e Michel Bastos teve a chance de abrir o placar, mas bobeou na grande área e permitiu o corte do zagueiro. Os colombianos, fechados na defesa, levavam perigo em contra-ataques. Não fizeram o primeiro gol para calar o Morumbi, apenas graças a um milagre de Rogério Ceni no final da etapa inicial.

Com um meio-campo congestionado, o São Paulo contava com a inspiração de Paulo Henrique Ganso para furar a defesa com seus passes precisos. No início do segundo tempo, ele deixou Michel Bastos na cara do goleiro, mas o são-paulino chutou fraco e perdeu o gol. Logo depois, o mesmo Ganso levantou na área e a bola passou por todo mundo, inclusive pelo goleiro colombiano e morreu apenas na rede. Como o gol levava a decisão para os pênaltis, o São Paulo continuou pressionado e, empurrado pela torcida teve duas chances incrivelmente desperdiçadas.

Primeiro, Kaká ajeitou a bola dentro da área e, sem goleiro embaixo da trave, não conseguiu fazer o gol, acertando a trave. No ataque seguinte, Michel Bastos, sozinho na área, chutou pelo alto. A torcida se desesperou. O time também. Com menos técnica e mais coração, os jogadores foram para cima, mas não conseguiram fazer o segundo, que evitaria as penalidades máximas.

O melhor. Ganso. Com Kaká e Michel Bastos em uma noite abaixo da média, coube ao paraense reger o setor criativo tricolor. Ele deixou alguns de seus companheiros na cara do goleiro e foi premiado ao levantar uma bola na área que deu em gol. Vibrou como poucas vezes se viu.

O pior. Kaká. O meia começou bem, correndo bastante, mas depois parece ter sofrido com o gramado pesado e com a sequência de jogos. Passou a se movimentar pouco e errar passes que matavam os ataques do São Paulo. Perdeu um gol incrível na grande área. Foi o primeiro são-paulino substituído.

Chave do jogo. A defesa de Rogério no final do primeiro tempo. Cara a cara com o atacante rival, ele conseguiu evitar o gol que, se entrasse, teria tornado a missão são-paulina quase impossível no Morumbi.

Toque dos técnicos. Muricy Ramalho surpreendeu ao não escalar Alan Kardec no time titular. O atacante se machucou no jogo de ida, na Colômbia, mas já tinha condições de jogo, de acordo com os médicos do clube. Seu substituto, Luis Fabiano

Para lembrar:

Seu pedido... Antes do jogo começar, grande parte da torcida começou um coro que dizia: "Não para, Rogério!", pedindo para o goleiro desistir da aposentadoria anunciada para o fim da temporada.

... é uma ordem? O camisa 1, porém, mantém o mistério sobre sua decisão. Ninguém sabe se ele vai pendurar as chuteiras no fim deste ano ou só em 2015.

Apagão. Vinte minutos antes do início do jogo, os refletores do Morumbi se apagaram. Foi a segunda vez que isso aconteceu na noite, talvez por causa da chuva que caiu sobre a cidade. A torcida não pareceu se incomodar, ligou as luzes de seus celulares e começou a cantar forte. Dez minutos depois, os refletores voltaram.

Secos e molhados. A chuva havia levantado preocupações com relação ao estado do gramado na hora do jogo. No fim da tarde, poças imensas foram vistas no campo. Mas a drenagem funcionou e, quando a bola rolou, o gramado já tinha boas condições.

UOL Esporte

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