Com prejuízo de R$ 2 milhões, Palmeiras quebra cabeça para não fechar outros esportes

(Foto: Gazeta Press)
 
 
Os esportes não profissionais já deram ao Palmeiras um prejuízo que ultrapassa os R$ 2 milhões ao longo de 2015, segundo apuração da ESPN, o que fez o clube se reunir para decidir alternativas para não encerrar todas as modalidades alheias ao futebol.
 
No balanço patrimonial de agosto, por exemplo, o déficit nos esportes fora do futebol foi de R$ 183.468,00, totalizando R$ 1.962.272,00 de prejuízo nesta temporada.
 
As novas cifras, essas referentes ao mês de setembro, serão divulgadas na próxima reunião da diretoria e já vão apresentar números que ultrapassam os R$ 2 milhões negativos.
 
Para se ter uma idéia, as receitas dos esportes não profissionais em agosto foram de pífios R$ 2,7 mil, contra R$ 186,2 mil de despesas. No ano, as entradas de verbas somam R$ 1,7 milhão, contra R$ 3,7 milhões de gastos.
 
O ESPN.com.br ainda apurou que alguns atletas do basquete e do judô acionaram o Palmeiras na Justiça do Trabalho ao longo de 2015 por falta de pagamentos, reflexo da falta de investimentos em esportes que não sejam o futebol.
 
Diante desses números, o que se discutiu nas últimas reuniões da diretoria é que cada esporte precisa ter, a partir de agora, sua própria gestão de recursos.
 
Para seguirem em prática nas dependências palestrinas, os esportes alheios ao futebol não podem mais ser deficitários ou precisar de dinheiro do principal esporte do Palmeiras para sobreviver.
O futebol não pode, por exemplo, subsidiar a patinação, o tênis ou o basquete. Assim como o associado também não pode bancar por essas atividades, já que está pagando taxa extraordinária para reforma.
 
A ideia é que os esportes busquem se viabilizar para se tornarem competitivos. Caso contrário, poderão servir de base para o associado que quiser praticá-lo.
 
O sócio do clube que pretender investir ou praticar um esporte nas dependências do Palmeiras pode evoluir na modalidade com as mensalidades, uma vez que existem escolinhas dentro do clube, como de judô e outras.
 
Em resumo, a diretoria do Palmeiras pretende que cada esporte consiga se manter financeiramente. O dinheiro do futebol será apenas para o futebol de hoje em diante, assim como a grana do social é para esse fim e a verba do basquete é apenas para o basquete.
 
O basquete, aliás, é um dos esportes que fecharam as portas no Palmeiras neste ano. O time profissional que disputava a NBB não dava lucros e não foi continuada.
 
O futebol do Palmeiras já deu lucro de R$ 22 milhões em 2015, segundo consta no último balanço. As receitas totalizam R$ 218 milhões, contra R$ 196 milhões de prejuízos.
 
O social apresenta R$ 14,6 milhões de déficit, que conforme antecipou a ESPN está desse jeito por causa de despesas, juros e dívidas que são encaixadas no departamento no balanço do clube, apesar de não fazerem parte dos gastos do setor.

ESPN

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