Jornal: Família de Neymar quer apoio do Barça em caso de derrota na Justiça

(Foto: AFP PHOTO / LLUIS GENE)


O Barcelona e a família Neymar negociam um novo contrato desde o ano passado, mas ainda não há previsão de acordo. O jornal Mundo Deportivo apresentou alguns pontos supostamente discutidos.

Segundo a publicação, além do aumento da multa contratual, a família do atleta exige para o novo acordo que o clube espanhol se comprometa a prestar assistências jurídica, tributária e financeira no processo que tramita contra Neymar na Justiça espanhola.

Caso o jogador seja derrotado no Tribunal, o Barcelona teria que ajudar a quitar a penalização, diz o Mundo Deportivo.

"O clube deve dar garantias jurídicas e tributárias para seguir jogando no Barça sem expor a mais problemas. Uma das garantias que se materializariam é um compromisso do clube em respaldar o jogador caso finalmente fosse sancionado pela justiça espanhola e obrigado a pagar uma multa. E esse 'respaldo' seria que o Barça ajude a fazer frente a essa hipotética penalização", apresenta o texto do jornal espanhol.

Neymar é acusado de fraudar impostos referentes à sua transação para o Barcelona, em 2013, quando defendia o Santos. No Brasil, o atleta responde a outros três processos.

Para firmar um vínculo com Neymar até 2021 (o atual vence em 2018), o Barcelona avalia se tem condições de aumentar a multa indenizatória para 220 milhões de euros. A multa atual é de 190 milhões. Essa alteração implicaria em um aumento substancial do ordenado de Neymar.

A diretoria entende que o valor da multa indenizatória de Neymar tem que ser abaixo de 250 milhões de euros, que é o valor da multa de Lionel Messi.

O processo na Justiça da Espanha: 

O Ministério Público espanhol considerou fraudulento o acordo e quer explicações sobre a origem dos 40 milhões de euros recebidos pela família na transação.

Os 40 milhões pagos pelo Barcelona à família Neymar foram depositados da seguinte forma: 10 milhões de euros foram depositados pelo Barça, em 2012, quando ele ainda não defendia o time da Espanha. O dinheiro de adiantamento foi depositado em uma empresa aberta pelo atleta.

Os 30 milhões restantes foram pagos pelo Barcelona em outra empresa de Neymar nos anos de 2013 e 2014 (quando ele já atuava pelo clube espanhol). Desde que as cifras foram levantadas pela Justiça, Neymar e Neymar negam veementemente ter havido fraude e sonegação fiscal e alegam que os 40 milhões recebidos são referentes à comissão e direitos de imagem.

Para as Justiças brasileira e espanhola, esses pagamentos exclusivos a Neymar foram uma manobra para driblar o fisco e os então donos dos direitos econômicos (Santos, DIS e Teísa).

Oficialmente, o Santos havia declarado logo após o acerto com o Barcelona que a negociação representou 17,1 milhões de euros. Ou seja: menos do que a metade do depositado nas empresas de Neymar.

Posteriormente ao anúncio do Santos de que Neymar teria sido vendido por 17 milhões de euros, o clube catalão declarou que a contratação de Neymar havia custado 57 milhões. Pressionada na época, a diretoria do Barça depois corrigiu as cifras e admitiu que o valor foi superior a 85 milhões de euros.

UOL Esporte

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