Grupo antiálcool critica patrocínio da Heineken na Fórmula 1

(Foto: Charles Coates/Getty Images/AFP)


Jean Todt, presidente da FIA, foi novamente criticado pelo principal grupo antiálcool da Europa após o acordo de alto perfil da Fórmula 1 com a fabricante de cervejas Heineken.

A Aliança Europeia de Policiamento do Álcool (Eurocare) é uma coalizão de organizações não governamentais e de saúde pública que atua em 25 países em defesa da prevenção e redução dos danos relacionados ao álcool na Europa.

O contrato de quatro anos e meio e 150 milhões de libras da F1 com a Heineken enfureceu Mariann Skar, secretária geral da Eurocare. Ela escreveu uma carta aberta a Todt expressando sua forte oposição contra o envolvimento das marcas de álcool com a categoria.

Bernie Ecclestone e a diretora geral da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan, também receberam uma cópia da carta.

Skar declarou que o envolvimento da Heineken é “uma grande preocupação, porque álcool e direção não deveriam se misturar”, e argumentou que “as marcas de álcool agora estão dominando os patrocínios na F1, ligando um esporte a motor popular a um dos maiores assassinos em nossas estradas”.

“O marketing do álcool tem um efeito poderoso sobre a sociedade, particularmente nas pessoas jovens”, acrescentou Skar. “A F1 está perto de se tornar mais um evento para exposição global das marcas de álcool do que um evento esportivo. É preocupante que a categoria esteja fortalecendo ainda mais a ligação entre as marcas de álcool e o esporte a motor”.

“Nós gostaríamos de pedir que você encare o problema com seriedade e considere um afastamento desses acordos de patrocínio, como foi feito com os patrocínios de tabaco. A FIA possui suas responsabilidades, sendo a entidade que governa a F1 e também uma das acionistas da categoria”, concluiu Skar em sua carta a Todt.

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