Alonso aposta em Ferrari forte em 2017. E explica por que saiu do time

(Foto: Roslan Rahman/AFP)


Fernando Alonso conquistou três vice-campeonatos em cinco anos correndo pela Ferrari, de 2010 a 2014. Mas a falta de um título mundial e o rompimento de um contrato ainda em vigor há pouco menos de dois anos deixaram um sabor amargo na história de um casamento que teve seus altos e baixos ao longo dos anos.

Quando saiu da Ferrari, Alonso deixou claro que não acreditava que o time poderia conquistar um título a curto prazo e, pelo menos até agora, acertou: apesar de ter sido segundo colocado ano passado, o time esteve longe das Mercedes. Nesta temporada, ainda que o espanhol veja um rendimento melhor do que em 2015, a Scuderia também perdeu terreno para a Red Bull e é terceira no campeonato.

"Nunca é fácil falar de fora", disse Alonso ao UOL Esporte. "Quando eu estava lá, foi uma época ótima. Estávamos lutando por campeonatos. A equipe era muito forte e feliz. E senti que era a hora certa de ir embora porque em 2015 e 2016 poderia ser doroloso entrar no sexto, sétimo anos lá e ainda estar atrás da Mercedes. E eu queria ter uma época ótima, não dolorosa. Então foi uma decisão minha. Mas eles têm Kimi e Sebastian se dando bem juntos e tenho certeza de que estão curtindo, ainda que falte o campeonato. Mas acredito que ano que vem eles serão mais fortes."

Alonso acredita que o fato da Ferrari ainda não estar disputando um título não é responsabilidade apenas da própria Scuderia e lembra que nenhum time conseguiu ameaçar o domínio da Mercedes depois da adoção dos motores turbo V6, no início de 2014. Por outro lado, vê a grande possibilidade do time italiano voltar aos primeiros lugares com as novas regras que serão introduzidas na próxima temporada.

"Acho que eles estão melhores neste ano do que ano passado, parecem mais competitivos. Ano passado eles estavam no pódio, mas a 150 pontos da Mercedes e isso não é bom. Mas é difícil para qualquer um competir com a Mercedes. Não é só um problema da Ferrari neste momento: a Mercedes tem uma vantagem tão grande desde que o regulamento mudou que eles continuam com crédito. Então talvez ano que vem, com as mudanças de regras, as coisas podem se misturar um pouco e tenho certeza de que a Ferrari será forte novamente."

UOL Esporte

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