Bruno fala de dificuldade por ser "baixinho" e faz pai chorar em coletiva

(Foto: Murad Sezer/Reuters)


Depois da conquista da medalha de ouro no vôlei de praia, Bruno Schmidt se mostrou muito emocionado. Durante entrevista coletiva, o jogador falou sobre a dificuldade ser considerado um atleta baixo para o vôlei de praia – ele tem 1,85m – e agradeceu o apoio do pai, Luiz Felipe.

“É difícil para um jogador do meu porte permanecer neste esporte. Cada dia foi uma luta. Às vezes, cansativa demais. Olhava, perguntava para o meu pai. Só de falar, fico emocionado. Comentava, não estou perdendo tempo. Sentindo que não sou bem-vindo, ninguém me quer aqui. Ele (pai) nunca deixou eu desistir, parar. Dedico muito a ele. Dedico tudo da minha vida. Por causa dele estou aqui, ele sempre acreditou”, afirmou, emocionado.

Enquanto Bruno se emocionava na entrevista coletiva, Luiz Felipe também ia às lágrimas ao acompanhar as falas do filho. “Meu pai nunca deixou perder tempo e desistir do meu sonho”, continuou Bruno.

Luiz Felipe, pai de Bruno, chegou a explicar que o jogador passou por tratamento tentando aumentar sua estatura. Ele também chegou a falar sobre uma regra da CBV que vetava atletas do tamanho dele.

“A CBV teve uma época que estabeleceu limite de altura. Ele só conseguiu sobreviver porque estava num nível melhor. Ele foi responsável por essa mudança de paradigma. Temos muitos talentos do Brasil de altura mediana, para vôlei muito baixo. Muito por conta do sucesso que Bruno alcançou. Ele foi desbravador”, falou.

“Foi primeiro a tentar e conseguir chegar lá. Desde pequeno, 16 anos, levamos ele ao endocrinologista, fazer algo para aumentar o crescimento. Padrão dele, já está no limite superior. Falou pai, não sei se vai dar certo. Não tem porque desistir. Faz sua faculdade e vai jogando. Hoje em dia, não existe pessoa inteligente, gênio, existe perseverança”, completou.

Por fim, Alison explicou as lágrimas derramadas depois da conquista do ouro. Os dois venceram os italianos Nicolai e Lupo por 2 sets a 0.

“Chorei porque fui medalhista. Consegui isso, entrei para o grupo seleto. Bruno entrou com o pé direito. Bruno aprendeu um pouco com Alison. Acho que hoje vai dormir muito feliz”, completou.

UOL Esporte

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