Brasil aguarda confirmação de Nasr para não ficar sem pilotos na F-1

(Foto: Paul Crock/AFP)


Terceiro país com mais vitórias na história da Fórmula 1, o Brasil vive a expectativa da confirmação de Felipe Nasr para não ficar sem representantes no grid pela primeira vez desde 1969 após o anúncio da aposentadoria de Felipe Massa. Atualmente na Sauber, o brasiliense tem boas chances de garantir uma vaga para fazer sua terceira temporada na categoria e demonstra tranquilidade, mas ainda não se sabe qual seria seu destino.

Nasr estaria em negociações com a própria Sauber e Williams e teria chances na Renault. Como vários pilotos que tentam uma vaga no meio do pelotão, suas chances estão ligadas ao que Sergio Perez fará na próxima temporada. O mexicano tem contrato com a Force India, mas seus patrocinadores querem deixar a equipe e estão negociando pagar para que o piloto se livre de seu acordo atual e vá ou para a Williams ou para a própria Renault.

Falando em Monza, onde disputa a 14ª etapa do mundial neste final de semana, Nasr afirmou que espera uma definição nas próximas semanas.

"Quero decidir logo meu futuro. Neste mês, muita coisa está acontecendo, então espero poder dar uma notícia logo. Acho que o mercado começou a se movimentar e acredito que setembro será o mês das decisões. O que tiver de acontecer, será agora."

Fora Nasr, são poucos os nomes do Brasil que têm despontado no automobilismo de fórmula na Europa. São quatro as principais categorias de acesso à Fórmula 1 e o país só tem quatro representantes.

Na Fórmula V8 3.5, Vitor Batista é o mais bem colocado, ocupando a décima colocação com pouco mais da metade do campeonato disputada. O piloto de 18 anos faz seu segundo ano na Europa, depois de ter sido vice-campeão da F-3 na Espanha em 2015. Mais comentado muito em função do sobrenome famoso, Pietro Fittipaldi é o 12º no campeonato.

Neto do bicampeão Emerson, Pietro disputou ano passado a F-3 Europeia, categoria que tem sido uma fonte importante de jovens talentos para a Fórmula 1, tendo sido vencida por Esteban Ocon, piloto francês bastante cotado para uma vaga na Renault em 2017 e que fez sua estreia oficial pela Manor no último GP. Max Verstappen e Carlos Sainz são outros nomes que vieram diretamente da categoria para a F-1.

Nesta temporada, a F-3 tem dois pilotos brasileiros: apoiado pela Red Bull desde o final do ano passado, Sergio Sette Camara é quem tem as melhores perspectivas. O mineiro de 18 anos faz sua segunda temporada completa na Europa e está em 12º lugar no campeonato. Pedro Piquet, por sua vez, está em 17º.

Sette Camara foi o único destes pilotos que já testou com um Fórmula 1, em Silverstone, há cerca de dois meses. Sua vantagem é que, com os últimos movimentos no programa de desenvolvimento da Red Bull, com a ida de Max Verstappen para o time principal e o rebaixamento de Daniil Kvyat, que ainda não está confirmado para 2017, abriu-se a possibilidade de Pierre Gasly, atualmente na GP2, ser promovido à F-1, deixando o brasileiro como seu sucessor natural. Na GP2 e na GP3, o Brasil atualmente não tem representantes. O país, contudo, tem outros pilotos em categorias eurpeias nacionais, como a F-4 e a F-Renault.

UOL Esporte

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