Ataque sofre pressão na briga do São Paulo contra o rebaixamento

(Foto: Friedemann Vogel/Getty Images)


Ameaçado pelo rebaixamento, o São Paulo não conseguiu abrir boa distância da zona da 'degola' mesmo com os seus principais concorrentes diretos perdendo seus jogos na última rodada. E boa parte da culpa pela má fase vem caindo sobre o ataque da equipe, que está pressionado pelas falhas seguidas.

Na derrota por 1 a 0 para o Santos no Pacaembu, na noite da última quinta-feira (13), os atacantes não conseguiram mostrar seu poder de fogo e perderam boas chances. A mais clara delas foi com Chávez que, sozinho na pequena área, bateu para fora aos 40 minutos do segundo tempo.

E isso não é novidade. Os atacantes do Tricolor passaram em branco nos últimos sete jogos. A última vez que um homem do setor balançou as redes foi na vitória por 3 a 1 sobre o Figueirense há mais de um mês, em 11 de setembro. Naquela ocasião, Kelvin e Chávez foram os responsáveis pelos tentos, além do meia Cueva.

De lá para cá, o São Paulo não fez gols em quatro partidas diante de Atlético-PR, Vitória, Flamengo e Santos. Nas outras três, apenas atletas fora da posição balançaram as redes. Na vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, o volante Wesley foi o autor do gol. Já no triunfo por 1 a 0 sobre o Juventude pela Copa do Brasil, foi o zagueiro Rodrigo Caio quem deixou a sua marca. Por fim, diante do Sport, coube ao volante Thiago Mendes garantir o empate por 1 a 1.

Não à toa o time já tem o terceiro pior ataque do Campeonato Brasileiro com 28 gols em 30 jogos, uma média inferior a um gol por partida. Apenas o lanterna América-MG (19 gols) e o 18º colocado Figueirense (27 gols) têm marcas piores.

Após a derrota para o Santos, o diretor executivo de futebol Marco Aurélio Cunha evitou responsabilizar o técnico Ricardo Gomes e ressaltou a deficiência do setor ofensivo, especialmente nos últimos jogos.

"Como eu me sinto? Triste. Não acho que o São Paulo tenha merecido perder o jogo. Temos tido chances de gols. Se formos analisar quantos gols nós perdemos desde o jogo do Flamengo, lá atrás, Coritiba, Atlético-PR... Nosso problema realmente é força ofensiva e, por conta da saída de grandes jogadores que nós tínhamos, é o setor que mais sente. A defesa está arrumada e acho que falta realmente poder de fogo no ataque", analisou.

O goleiro Denis também lamentou as oportunidades perdidas contra o Santos. Abalado pela situação do time no campeonato, o jogador acha difícil encontrar explicações para a falta de pontaria. "Se eu soubesse (a razão), resolveria agora. É difícil falar porque a bola não está entrando. A equipe está jogando bem, criando várias oportunidades, só que não estamos concluindo em gols", disse.

"Acredito que a parte emocional seja a mais complicada pela situação, pelo incômodo que é para nós jogadores estarmos nessa situação, ninguém gosta de estar perto da zona do rebaixamento. Acredito que a parte emocional atrapalha um pouco mais. Cabe a nós jogadores nos concentrarmos mais e não deixarmos que a ansiedade de fazer gol ou dar o passe nos atrapalhe", completou o goleiro.

UOL Esporte

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