Delegada relata histórico policial entre torcedores detidos e pede prisão

(Foto: Reprodução)


A delegada Jéssica de Almeida, que investiga a briga ocorrida na arquibancada no Maracanã, informou que vários dos torcedores presos têm passagem policial e outras ocorrências de menor porte. Em entrevista coletiva nesta segunda, a delegada da Polícia Civil carioca pediu para que os 31 corintianos permaneçam presos preventivamente (sendo um menor de idade).

O caso será entregue à Justiça. A Polícia Civil não informou quantos dos 31 torcedores presos têm antecedentes. 

"Alguns tinham passagens por posse de drogas e infrações anteriores ligadas ao Estatuto do Torcedor", informou Jéssica.

Segundo a delegada, os torcedores ficaram divididos em 14 celas. A maioria ficou em silêncio durante o período recluso. Alguns choraram.

Na noite de domingo, 64 torcedores foram detidos. O número de detidos reduziu para 42 no início da manhã de segunda. Agora, 31 estão presos. Jéssica explicou por que 11 torcedores foram foram liberados nesta segunda.

"Esses 11 foram compromissados para comparecerem em juízo, já que foram identificados apenas como provocadores de tumulto, não participaram dos danos no estádio do Maracanã, nem pelas lesões sofridas e fatos descritos".

O delegado Marcus Montez, que também participa da investigação, reforçou as palavras da delegada.

"Como alguns já têm passagem e histórico, há uma chance considerável de que a prisão preventiva seja aceita. Mas é o Juiz quem decide", disse Montez.

Os 31 torcedores do Corinthians serão conduzidos para uma audiência de custódia no Centro do Rio Janeiro. A data, porém, está indefinida por conta de uma alta demanda no Fórum. Polícia Civil e Tribunal de Justiça chegaram a acertar a apresentação para a tarde desta segunda-feira, mas o Ministério Público pediu mais tempo para organizar os processos e a situação está indefinida. O juiz analisará caso a caso. Caso seja comprovada participação na briga, o torcedor será encaminhado a um presídio do Rio. 

A Polícia Civil carioca acionou a Polícia Civil paulista para ter acesso aos antecedentes dos corintianos detidos.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou na manhã desta segunda-feira que 42 torcedores do Corinthians haviam sido presos e responderão por crime após brigarem com policiais na arquibancada do Maracanã, domingo. Destes, 11 assinaram termo circunstanciado, em que se comprometem a cumprir ordens judiciais, e foram liberados em seguida.

A confusão começou antes do jogo Flamengo 2 x 2 Corinthians. Torcedores dos dois times tentaram entrar em luta corporal; corintianos quebraram uma grade que separava as duas torcidas. Houve briga entre corintianos e policiais. Quatro PMs se feriram sem gravidade.

Após a partida, a polícia militar reteve todos os torcedores do Corinthians por mais de duas horas. As mulheres e crianças foram retiradas do estádio. Já os homens tiveram de tirar a camisa para que policiais avistassem tatuagens que poderiam facilitar na identificação dos baderneiros. O Corinthians, em nota oficial, repudiou a atitude da PM em reter os torcedores por tanto tempo no Maracanã.

Confusão também nas ruas do Rio

A Polícia Militar informou que houve outra ocorrência envolvendo corintianos. Após a partida, um grupo de 25 torcedores seguiu pela Rua São Francisco Xavier munido de paus e pedras. Quatro indivíduos invadiram um condomínio para fugir da polícia, mas os 25 foram detidos. Deste, cinco torcedores portavam maconha e cocaína.

UOL Esporte

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