Polícia recolhe documentos de contrato da F-1 com a Comunidade Valenciana

Agentes da Polícia Nacional, a Procuradoria Anticorrupção e o secretário do juizado de Instrução número 2 de Valência foram nesta quarta-feira aos escritórios da empresa pública Circuito del Motor para requerer documentação relativa à organização da Fórmula 1 na cidade espanhola.

O tribunal investiga supostas irregularidades na organização de cinco grandes prêmios entre 2008 e 2012 e mantém acusados o ex-presidente da Generalitat Valenciana (conjunto de instituições do governo da Comunidade Valenciana) Francisco Camps, a ex-conselheira de esportes Dolores Johnson e o empresário e ex-piloto Jorge Martínez, o Aspar.

Segundo informações fornecidas à Agência Efe por fontes da empresa Circuito del Motor, vinculada à Generalitat Valenciana, a comissão judicial foi aos escritórios, localizadas no Circuito Ricardo Tormo, às 9h (local, 6h de Brasília) e permaneceram por cerca de quatro horas e meia.

De acordo com as fontes, toda a documentação coletada corresponde à organização das cinco edições do GP da Europa disputadas no circuito de rua na cidade de Cheste, na Comunidade Valenciana. A medida faz parte da investigação a respeito da compra da empresa Valmor Sports, criada para administrar a prova em Valência e vendida ao poder público por 1 euro, mesmo acumulando dívidas superiores a 30 milhões de euros.

Conforme dito por várias testemunhas que já prestaram depoimento no caso, em novembro de 2011, o governo valenciano, então presidido por Alberto Fabra, começou as negociações para a compra da Valmor Sports, que contemplava a absorção da dívida de 30 milhões.

Por último, a Procuradoria Anticorrupção reivindicou ao presidente da Federação Espanhola de Automobilismo, Carlos Gracia, que informe se a Valmor e a Circuito del Motor dispunham de autorização oficial para organizar corridas automobilísticas, em que data a solicitaram, quando foi concedida e para que tipo de provas.

UOL Esporte

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