Encarando o calor, corredores da São Silvestre treinam no Ibirapuera

(Foto: Reprodução)


O medidor de temperatura já marcava elevados 30 graus às 9h da manhã no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, nesta quarta-feira. O calor e o sol forte foi fator enfrentado pelos participantes da São Silvestre, que aproveitaram um dos últimos dias antes da corrida do próximo sábado para realizar treino no local e chegarem preparados no dia da prova.


Desde às 8 horas já era possível observar um bom número de corredores, alguns deles até mesmo trajados com o uniforme da corrida do ano passado, antes de fazer a retirada do kit para a edição de 2016. E quem está acostumado a participar da São Silvestre no dia 31 de dezembro, tem o treino desde cedo como rotina.

É o caso de Érika Fortes, engenheira civil de 45 anos, veterana da prova, que nem mesmo lembra o número de vezes que já a correu: “Já perdi a conta”, diz. “Treino todos os dias. Corro três vezes por semana, faço musculação, nado pedalo, completamento a corrida com outros esportes”, completou, lembrando que, apesar de se importar com seu desempenho, está na São Silvestre acima de tudo pela diversão.

“Quero as duas coisas. Quero bons resultados na corrida mas também estou lá pela recreação, para participar, fazer amizades, confraternizar, acho que os dois lados são importantes”, lembrando da melhor marca que já fez: 10 quilômetro em 43 minutos. “Hoje em dia é difícil repetir. Mas a São Silvestre é diversão, não é tempo”, completou.

E o clima recreativo que a corrida apresenta parece ser predominante entre seus competidores, assim como Érika, Alexandre Oliveira, é outro competidor que partilha desta opinião: “O objetivo claro que é sempre você atingir um resultado melhor, mas eu vou mesmo pela festa e a integração com todos. Corro com quatro amigos”, comentou o gerente de produção de 46 anos, que participará da São Silvestre pela oitava vez.

Já o médico Alexandre Pipolo, treinando para seu quinto ano na corrida, comenta que a prova é feita para ter um percurso divertido: “Acabo correndo mais como entretenimento, é uma prova difícil de fazer tempo. Além de ter muitas descidas e subidas, o calor é intenso, a prova começa tarde, as 9 da manhã, e tem muita gente”, afirmou.

Esse ambiente, entretanto, é o que torna a corrida diferente das outras, segundo os próprios participantes. Com a experiência que possui, Alexandre Oliveira, que já participou Corrida dos Bombeiros, e do Parque da Água Branca, não tem dúvidas sobre qual prova é a melhor: “A São Silvestre é a mais especial. O público fica em torno, por todo o percurso, apoiando, incentivando, desejando uma passagem de ano maravilhosa. Ela é diferente das outras corridas, é única”, concluiu.

A retirada do kit, essencial para a participação no dia 31, continua nesta quarta-feira, no Ginásio Mauro Pinheiro, na Rua Abílio Soares, número 1300. Os portões estarão abertos das 9h às 19h nos dias 28 e 29 e das 9h às 16h no dia 30.

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