Técnico da Chape, Mancini diz que clubes não têm ajudado na prática

(Foto: Danilo Lavieri/UOL)


Todas ofertas de solidariedade dos clubes brasileiros à Chapecoense não têm funcionado na prática, na visão do técnico Vágner Mancini, encarregado de comandar o time após a tragédia do dia 29 de novembro. Em entrevista ao SporTV nesta quinta-feira (15), o treinador comentou o que tem ocorrido na realidade após várias equipes terem dito que ofereceriam jogadores para reconstrução do clube catarinense.


"Muita gente após o acidente se ofereceu, até com atletas sendo pagos. Mas na prática isso não tem acontecido. Não podemos ser injustos porque muitas equipes tem dedicado muito tempo para Chapecoense. Existe o outro ponto que é oferecer aqueles atletas que você não quer no seu elenco. Você resolver o seu problema, não foi isso que entendemos atrás. Todos têm liberdade, mas eu gostaria que essa ajuda viesse realmente do coração", afirmou o treinador.

Dividindo sua atenção entre a reconstrução da Chapecoense e o curso de formação de técnicos oferecido pela CBF, Mancini afirmou como tem sido sua rotina desde o momento que foi convidado para suceder Caio Júnior, morto no acidente aéreo, como treinador da equipe.

"É uma coisa atípica, porque normalmente os clubes quando você vira o ano vai atrás de sete, oito, às vezes 10. Eu nunca tinha visto um clube que precisaria de 25 nomes ainda. Já tem uns dez atletas acertados, não posso falar nomes", disse. "Não tivemos tempo de assinar contrato com esses caras. É uma correria bacana, mas muito traumática."

O técnico relatou estar trabalhando até a meia-noite todos os dias, imediatamente após sair da sala de aula do curso da CBF, às 19h.

"Não tem sido fácil. As noites de sono diminuíram bastante, mas a gente sabe que a necessidade é exatamente essa", concluiu.

UOL Esporte

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