Manor declara insolvência e complica de vez situação de Felipe Nasr na F-12

(Foto: José Jordan/AFP Photo)


O ano de 2017 começa com mais uma notícia ruim para Felipe Nasr depois que a Manor anunciou que está entrando em processo de insolvência. Acredita-se que o time seja o único que ainda tem vagas no grid nesta temporada, uma vez que Pascal Wehrlein teria fechado com a Sauber. O time suíço, contudo, ainda não confirmou a contratação oficialmente.

A Manor contou com Wehrlein e Esteban Ocon, que foi para a Force India. Ambos eram pilotos bancados pela Mercedes, o que garantia os motores para o time. Ainda assim, desde o ano passado, o executivo do ramo de energia da Inglaterra, Stephen Fitzpatrick, cansado de colocar dinheiro próprio na equipe, estava procurando um comprador.

Foram vários os interessados, mas a venda acabou não sendo concluída. Nesta sexta-feira, os 200 funcionários foram comunicados de que o time está entrando em processo de insolvência, o que dificulta seriamente sua participação no campeonato com menos de 80 dias até a primeira etapa do ano, na Austrália. O processo atinge a empresa Just Racing Services Limited, que administra a equipe, e não a Manor Grand Prix Racing Ltd. e a busca por um novo comprador continua, 

Fitzpatrick revelou que os termos de venda chegaram a ser firmados com um grupo asiático, representante da rede de fast food KFC, mas o negócio não foi completado a tempo. "Por praticamente todo o ano passado negociamos com vários grupos de investidores e tínhamos finalmente chegado a um acordo com um consórcio asiático em dezembro. Isso teria dado à equipe uma base forte para continuar a crescer e a se desenvolver. Infelizmente, o tempo acabou antes que eles conseguissem completar a transação."

Não é a primeira vez que a Manor entra nesse tipo de processo. Em 2014, o time chegou a perder as últimas três etapas do ano após entrar em colapso financeiro, e só continuou no grid com a compra por parte justamente de Fitzpatrick.

A temporada de 2016 foi a melhor da equipe, que passou por vários donos desde que estreou, em 2010, com o nome de Virgin. O time estava em décimo no mundial de construtores, garantindo dezenas de milhões em premiação, até ser ultrapassado com os dois pontos marcados pela Sauber no GP do Brasil justamente com Nasr, que ainda não tem vaga no grid em 2017.

Fitzpatrick, inclusive, citou a 11ª colocação no mundial como decisiva para a atual situação da equipe. "Quando assumi a equipe em 2015, o desafio era claro: era fundamental que a equipe terminasse em 10º lugar ou acima disso em 2016. Pela maior parte da temporada, estávamos dentro da meta. Mas aquela corrida dramática no Brasil acabou com nossas esperanças e acabou trazendo dúvidas sobre nossa possibilidade de correr em 2017."

UOL Esporte

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