Pottker faz dois, Ponte vira sobre o Botafogo e se reabilita no Paulistão

(Foto: Estadão Conteúdo)


Assediado, valorizado e decisivo. Envolvido em neste início de temporada em algumas novelas sobre o seu futuro, Pottker continua fazendo a diferença para a Ponte Preta. Na noite desta quarta-feira, fez os dois gols da virada da Macaca sobre o Botafogo, por 2 a 1, no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, pela terceira rodada do Paulistão.


Depois de um primeiro tempo sofrível, a Ponte reagiu na etapa final e arrancou a vitória na marra, com brilho de seu artilheiro. Rafael Bastos, em cobrança de falta perfeita, abriu o placar para os donos da casa, que voltaram do intervalo apáticos e pagaram caro. 

A partida também ficou marcada pelo susto com o lateral-direito Samuel Santos, do Pantera. Após um choque de cabeça com Yago, ele caiu desacordado no gramado. Os jogadores ficaram desesperados e até tiraram a camisa para abanar. Atendido, ele retomou a consciência e ainda quis voltar, mas, com traumatismo craniano, deixou o estádio de ambulância para passar por exames neurológicos no hospital mais próximo. Como Moacir Júnior já havia feito as três substituições, o Pantera jogou os minutos finais com um homem a menos. Ainda perdeu Wesley, expulso nos acréscimos, e terminou com nove jogadores.

Ainda longe de convencer, a Ponte ao menos alivia a pressão com o resultado, depois de ter sido goleada por 5 a 2 para o São Paulo, no último domingo. Com seis pontos, deixa a lanterna do Grupo D para o Audax e mantém a perseguição aos líderes Santos e Mirassol. O Botafogo, por sua vez, perdeu a chance de embalar e caiu para a última posição do Grupo A, com três pontos.

Os times voltam a campo no sábado, às 19h30. De fôlego renovado, a Macaca faz o duelo campineiro com o RB Brasil, no Majestoso. Já o Botafogo enfrenta o São Bento, em Sorocaba, em busca da reabilitação.

O jogo

O sistema de marcação dos times prevaleceu no primeiro tempo. Com uma nova zaga, a Ponte mostrou segurança na defesa, mas voltou a pecar do meio para frente, sem ligação entre os setores. Já o Botafogo apresentou uma equipe compacta, solidária na marcação e rápida na transição, porém, com limitações individuais. Até por isso, foram raras as chances. Mesmo com menos posse, a Ponte chegou mais.

Pela Macaca, Pottker teve uma arrancada, mas perdeu o tempo da finalização, e depois Marllon cabeceou por cima. Do lado do Pantera, a eficiência de Rafael Bastos fez a diferença. Em cobrança de falta perfeita - mas de marcação duvidosa, abriu o placar. A trave também contribuiu para a vantagem tricolor antes do intervalo, ao evitar o empate da Ponte em finalização de Nino Paraíba, no último lance.

A Ponte demorou para acordar no segundo tempo. Ainda deixava a desejar na criação das jogadas. O Bota, em vez de aproveitar o momento, também voltou apático do intervalo. Quando viu, estava acuado diante do crescimento da Macaca. Depois de parar em Pottker em uma bola espirrada, o atacante empatou em lance de oportunismo. Foram necessários dois rebotes para colocar a bola na rede. O primeiro gol deu moral para os campineiros, que mantiveram o ritmo e chegaram à virada após Lins sofrer pênalti, convertido por Pottker.

Só aí que o Botafogo entrou no jogo e foi para o abafa final, mas Yago e Marllon seguraram a pressão - e consequentemente a vitória da Macaca. O jogo ainda teve um momento de tensão, quando Samuel Santos caiu desacordado após choque de cabeça na área da Ponte. Os jogadores chegaram a tirar a camisa para abanar o atleta, até a chegada do atendimento médico. Consciente, o lateral quis voltar para o campo, insistiu com os médicos, mas foi retirado de ambulância para fazer exames. O primeiro diagnóstico foi uma concussão. 

Globo Esporte

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