Bellucci vê confronto difícil e "torce" contra presença de Nishikori na Davis

 (Foto: RODRIGO BUENDIA / AFP)


Tenista número 1 do Brasil e 54 do mundo, Thomaz Bellucci terá a missão de liderar o país no confronto com o Japão pela repescagem da Copa Davis, entre os dias 15 e 17 de setembro, na casa do adversário. Quem vencer voltará à elite da competição. Ainda falta tempo para o duelo, mas ele já gera expectativa nos envolvidos, caso de Bellucci. O paulista de 29 anos sabe que a batalha em solo japonês será complicada e "torce" pela ausência de Kei Nishikori, sétimo do ranking, que ainda não confirmou sua participação.


- Faz muita diferença. O Kei é um grande jogadores, disparado o melhor japonês. Se ele não jogar, a equipe deles vai ficar bem mais fraca, para nós seria muito melhor. Mas, mesmo com a presença do Kei, acho que a gente tem chance de fazer um bom confronto e quem sabe sair com a vitória lá do Japão. Mas é difícil. Provavelmente eles vão colocar quadra coberta, rápida, onde eles gostam de jogar. Os japoneses geralmente jogam melhor na quadra rápida. É um confronto difícil para nós, fora o fuso horário, a distância que é viajar até o Japão, e logo depois do US Open. Mas acho que a equipe inteira está bem. O Rogério (Dutra Silva) está vindo numa sequência boa, o Thiago (Monteiro) está subindo no ranking, então estamos com uma equipe bem forte para enfrentá-los.

Bellucci foi eliminado do ATP 500 de Barcelona nesta terça-feira logo na partida de estreia. Perdeu para o jovem russo Karen Khachanov, que tem 20 anos e é o número 56 do mundo, por 2 sets a 0, parciais de 6/3 e 6/4. O tenista deixou a quadra chateado com seu desempenho.

- Faltou bastante coisa. Meu adversário jogou muito melhor do que eu hoje, com um volume de jogo muito maior. Eu também acabei cometendo erros, com pouca qualidade nos golpes. Acabei encurtando demais as bolas, ele estava sempre entrando na quadra, sempre jogando mais dentro da quadra do que eu. Acho que isso dificultou bastante meu jogo. Não saquei muito bem, acho que poderia ter aproveitado muito melhor o meu saque. Mas é assim. Vim de uma semana boa em Houston. Nesta semana não consegui produzir muito, mas tem que seguir trabalhando para semana que vem.

Há pouco mais de uma semana, Bellucci sofreu uma amarga derrota na final do ATP 250 de Houston para o americano Steve Johnson. O brasileiro fez bela campanha no torneio e viu o adversário sentir cãibras no fim da grande final, mas não conseguiu tirar proveito daquele momento de debilidade física de Johnson e terminou como vice-campeão.

- Acontece. O tênis é um esporte muito dinâmico. Às vezes você ganha um torneio no domingo e na segunda já está jogando outro torneio completamente diferente. E você pode perder, está vulnerável a perder na primeira rodada, na segunda... Hoje em dia todos os jogadores são muito competitivos. Por mais que você pegue um cara com ranking inferior ao seu, às vezes você pega uma primeira rodada difícil, o cara está vindo embalado. O Karen está vindo num bom ano, subindo no ranking, jogando bem. São condições diferentes, cada torneio tem uma história diferente - comentou.

Globo Esporte

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