Torcedores da La U são soltos, mas terão que pagar fiança antes de julgamentos

(Foto: Reprodução)


Os 24 torcedores da Universidad de Chile que haviam sido presos durante a partida contra o Corinthians foram soltos na noite de sexta-feira. A detenção dos chilenos foi motivada por briga com policiais militares e depredação do estádio corintiano, na última quarta, durante jogo válido pela Copa Sul-Americana.


Apesar de soltos, eles não podem deixar o Brasil. Serão julgados em liberdade, mas cada um terá que pagar uma fiança de três a cinco salários mínimos para poder se apresentar ao julgamento, marcado para próxima quinta-feira, em São Paulo.

Este foi o acordo feito com o Tribunal de Justiça pelos detidos não terem antecedentes criminais no Brasil ou no Chile. Os documentos dos torcedores estão retidos.

Até quinta, os chilenos deverão permanecer em solo brasileiro, não frequentar locais públicos das 21h30 às 6h e não ir a estádios de futebol.

A diferença de valor das fianças se deve à gravidade dos atos: 20 torcedores, por exemplo, deverão pagar três salários mínimos (R$ 2.811) por provocar tumultos e quebrar cadeiras. Outros três desembolsarão cinco salários mínimos (R$ 4.685) por também ferirem policiais. O único chileno solto sem fiança foi Sergio Espinoza, que possui domícilio e estuda no Brasil, sendo bolsista em curso de doutorado.

No Chile, as organizadas da La U se mobilizam para juntar o dinheiro para pagar as fianças e também ajudar os torcedores a voltar o mais rápido possível ao país. A permissão poderá ser dada nos julgamentos de quinta. Cada caso será analisado individualmente. Quem não pagar a fiança, dependendo de cada acusação, poderá voltar à prisão.

Campanha e protesto

Há grande mobilização pela soltura dos torcedores no país vizinho. Neste sábado, a torcida da La U exibiu uma faixa no jogo contra o Colo Colo: "Cantando mais forte porque faltam 24". No domingo, a organizada Los de Abajo organizará um campeonato de futebol para arrecadar de fundos. Na última sexta, foi feito um protesto em frente à embaixada brasileira em Santiago, que amanheceu pichada com palavras de protesto pelas prisões.

De acordo com pessoas ouvidas pelo GloboEsporte.com, os chilenos relataram que foram bem tratados na prisão. A maioria dos torcedores não presos voltou na última sexta para o Chile. Outros ainda estão hospedados na sede da Pavilhão Nove, organizada corintiana.

Globo Esporte

Comentários