Itaquera e Arena das Dunas são alvo de investigações de propina e corrupção

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Por Redação Blog do Esporte


A Arena do Corinthians, em Itaquera, e a Arena das Dunas, em Natal, foram citadas em duas investigações sobre crimes de corrupção e propina nesta terça-feira (6). Em São Paulo, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) acusou o promotor Marcelo Milani, do Ministério Público Estadual, de cobrar uma propina de R$ 1 milhão para não entrar com uma ação na Justiça em relação a Arena.


Já a arena em Natal foi citada em um desdobramento da Operação Lava Jato, que prendeu o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves. O ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba, também foi citado nesta parte da investigação.

No caso de Itaquera, o ex-prefeito Haddad precisará das explicações em depoimento sobre sua declaração publicada na revista "Piauí", que chegou às bancas no último fim de semana. O político será intimado pela Corregedoria-Geral do Ministério Público de São Paulo, segundo o jornal "Folha de S.Paulo".

A ação a qual ele se refere é contra a lei que permitia a Prefeitura de São Paulo de emitir aproximadamente R$ 420 milhões em títulos para ajudar na construção do estádio. Milani entrou com uma ação em maio de 2012 e inviabilizou a venda dos títulos no mercado.

"Foi quando fiquei sabendo de um suposto incidente gravíssimo envolvendo o promotor de Justiça Marcelo Milani. Fui informado de que, para não ingressar com a ação judicial, o promotor teria pedido propina de 1 milhão de reais. Eu respondi que essa informação não mudava o teor da minha decisão, contra a recompra, e que não me restava alternativa como agente público senão levar o fato relatado ao conhecimento da Corregedoria-Geral do Ministério Público, para que fosse devidamente apurado", disse Haddad na "Piauí".

Na outra investigação, batizada de "Manus", se baseia na deleção premiada da Odebrecht e quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico dos investigados. As provas indicam que Cunha e Alves receberam propina para favorecer as duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio.

Os investigados responderão pelos crimes de corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro.

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