Federer conquista o octa e se isola como maior campeão de Wimbledon

 (Foto: Glyn KIRK / AFP)


Lágrimas de quem conseguiu dar a volta por cima. O suíço Roger Federer  completou a campanha irretocável e conquistou o octacampeonato no torneio de Wimbledon com vitória arrasadora sobre o croata Marin Cilic, número 6 do mundo, parciais de 6/3, 6/1 e 6/4 em 1h34 de final neste domingo. Com a conquista, Federer se isolou como maior vencedor homem do Grand Slam britânico. Ele estava empatado com o americano Pete Sampras. 

O ex-número 1 do mundo levantou o 19ª troféu de Grand Slam, sendo o tenista com mais títulos na história entre os homens. O recorde de Federer em finais de Grand Slams é de 19 vitórias e 10 vice-campeonatos. Aos 35 anos, o natural da Basileia também se tornou o tenista mais velho a vencer o torneio de Wimbledon na Era Aberta (1968), quando o tênis se profissionalizou. Ele completa 36 anos daqui a menos de um mês, em 8 de agosto. 

- Talvez eu tire mais tempo, fique fora mais seis meses, não sei, foi fantástico sempre que voltei. Significa o mundo, trabalhamos muito no ano passado. Segurar o troféu aqui, não perder um set, é mágico. Não tinha certeza se estaria aqui novamente em outra final, mas continuei sonhando - comemorou o campeão na cerimônia de premiação.

Foi o quinto título do ex-número 1 na temporada, somando-se ao Aberto da Austrália, em janeiro, os Masters 1000 de Indian Wells e Miami, e o ATP 500 de Halle. Atual número 5 do mundo, Federer não enfrentou grandes rivais rumo ao título e completou a conquista sem perder set algum. Venceu Wimbledon pela primeira vez na carreira sem perder parciais, algo que só Bjorn Borg, em 1976, conseguiu fazer na Era Aberta.

A tensão na partida só durou alguns minutos. Logo a partir do quinto game, Federer conseguiu se impôr e passou a dominar. O oponente mudou de fisionomia na metade de jogo. Com dores, o croata sentiu o momento e caiu em lágrimas, mas seguiu em quadra. Com a típica calma suíça, Federer fechou a vitória logo no segundo ponto do título, com direito a ace. 

Domínio total e o choro do adversário

Estreante na final de Wimbledon, Cilic não sentiu o nervosismo no início de jogo. O croata entrou firme na partida e mostrou que seria agressivo do fundo de quadra. A primeira chance de quebra foi do croata logo no quarto game, mas jogou a devolução na rede. A partir dali, tudo mudou. Federer fez a diferença na variação e pressionou logo na sequência para quebrar pela primeira vez e abrir 3/2 e saque no 1º set. O heptacampeão do torneio aproveitou a vantagem e passou a jogar mais solto. O oponente sentiu o momento e Federer fechou com nova dupla-falta do adversário.  

O oponente desabou em lágrimas quando Federer liderava por 6/3 e 3/0. Os organizadores da competição entraram em quadra, mas Cilic não pediu atendimento médico na troca de lado. O número 6 do mundo voltou a jogar, pediu desculpas ao suíço. Federer passou a dominar totalmente a decisão e abriu 2 sets a 0 com autoridade. 

Antes da parcial seguinte, Marin Cilic pediu o atendimento médico teve a parte superior do pé enfaixada. Ele também tomou um comprimido para tentar amenizar as dores. Federer pressionou, mas viu o oponente sacar bem no início do terceiro set. Foi questão de tempo para que o ex-número 1 do mundo conquistasse nova quebra para se aproximar da vitória. 

Com ace, Federer fechou o jogo e levantou os braços, emocionado pela conquista tanto sonhou por anos. Sentado no banco, ainda assimilando o significado da vitória, foi a vez de Federer chorar de alegria. Lágrimas de quem chegou a pensar em parar, mas seguiu lutando para voltar a brilhar na quadra onde obteve tanto sucesso.

Globo Esporte

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