Fratus faz melhor tempo da vida e supera "pesadelo" com prata nos 50m; Cielo é 8º

(Foto: Reprodução)


Onze meses depois de sair decepcionado da Olimpíada do Rio com o sexto lugar, Bruno Fratus se redimiu e acabou com "o pesadelo", segundo suas próprias palavras. Com uma constância impressionante em toda a temporada, ele mostrou na final do Mundial, realizada neste sábado, que continua em forma. Pela segunda vez seguida, foi ao pódio em um Campeonato Mundial, desta vez levando a prata na prova dos 50m livre em Budapeste, na Hungria, melhorando um degrau com relação a Kazan 2015. Sua marca, 21s27, é a melhor de toda sua carreira, superando em um décimo o antigo resultado. Caeleb Dressel venceu com 21s15. Cielo fechou em oitavo com 21s83.

- Estou até sem voz, para mim acabou o pesadelo que foi o Rio. Finalmente eu melhorei o tempo, foi o melhor Mundial da minha vida. Gostaria de ter ganho, mas ao mesmo tempo estou me sentindo muito bem pela prata. É que cara é um monstro mesmo - disse Fratus logo na saída da piscina, referindo-se à superioridade de Caleb Dressel.

A temporada de Fratus vinha muito positiva. Na preparação para o Mundial, disputou quatro torneios na Europa, alguns contra os melhores do ranking, e foi campeão em todos: três etapas do Circuito Mare Nostrum e o Trofeo Sette Coli (Itália). É o que mais vezes nadou os 50m livre para baixo dos 22s na temporada, nadou o Mundial e confirmou o status de regular. Com 21s27, garantiu sua segunda medalha individual na carreira, já que tinha sido bronze há dois anos.

É a segunda vez que Fratus e Cielo nadam juntos para a final dos 50m livre de um Mundial. Em 2011, na China, os dois passaram com os melhores tempos para a decisão, em que Cielo foi campeão, e Fratus foi quinto. Na Olimpíada de 2012, estiveram na final, com Cielo terminando em terceiro e Bruno na quarta posição.

Cielo descarta aposentadoria

Se Fratus estava em êxtase, o semblante de Cielo não era dos mais satisfeitos. O nadador, no entanto, viu o lado positivo de ter participado mais uma vez de uma final de Mundial, além de ter ajudado o Brasil a conquistar a prata no revezamento 4 x 100m.

- Nadei o melhor que eu tinha, não estou me sentindo tão rápido quanto eu me sentia. Não é o que eu gostaria em relação ao tempo, mas estou feliz. Vim para o campeonato, subi ao pódio e cheguei à final dos 50m livre de novo. Vou continuar. A hora que eu vir que não está dando mais, repenso o que eu vou fazer - comentou.

O Brasil, agora, soma oito medalhas no Mundial de esportes aquáticos. Três vieram nas águas abertas, bronze nos 5km e 10km, e o título nos 25km, sempre com Ana Marcela Cunha. Na piscina, eram quatro até este sábado: ouro de Etiene Medeiros nos 50m costas, prata de Nicholas Santos nos 50m borboleta, João Gomes nos 50m peito e revezamento 4x100m livre.

Globo Esporte

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