Auditoria aponta R$ 150 milhões em obras não realizadas na Arena Corinthians

 (Foto: Marcos Ribolli)


A auditoria que analisou a estrutura da Arena Corinthians concluiu que a Odebrecht, construtora responsável, deixou de realizar R$ 151,4 milhões em obras no estádio. A informação é do Blog do Perrone, do portal UOL.

O documento já foi entregue ao presidente Roberto de Andrade e atualmente está com uma comissão de conselheiros que avalia o caso. O relatório foi concluído pela Cláudio Cunha Engenharia Consultiva. Sem confirmar valores, o diretor financeiro Emerson Piovezan explicou ao GloboEsporte.com qual será o procedimento a partir de agora.

– Recebemos o relatório bastante detalhado. O clube encaminhou à comissão do Conselho que trata disso. Agora será analisado. Tem algumas possibilidades, uma delas é falar para a Odebrecht: "vocês acham que estamos devendo algumas coisas para vocês. E estamos identificando esses problemas. Então, nós ficamos com o acabamento das obras". Mas eles vão falar "nós fizemos", vai ser discutido. A segunda alternativa é acionar a Odebrecht, como algumas pessoas acham que deve ser feito. São decisões que eu e o Roberto não podemos tomar sozinhos, o Conselho precisa participar – destacou Piovezan.

Além das obras não realizadas, a auditoria concluiu que:
O clube teria de gastar R$ 63,5 milhões para refazer trabalhos no estádio;
A Odebrecht deveria pagar multa de R$ 23 milhões por não entregar a obra no prazo;
O Corinthians deveria chamar outra construtora para encerrar o trabalho.

A auditoria leva em conta o valor fechado de R$ 985 milhões para a conclusão das obras. Juros decorrentes do pagamento do financiamento à Caixa Econômica Federal elevaram os números finais da Arena Corinthians para quase R$ 1,2 bilhão. Novos termos do pagamento ainda são discutidos entre diretoria do clube e Caixa.

Outro lado

Procurada pela reportagem, a Odebrecht disse desconhecer o resultado da auditoria. Enquanto isso, o Corinthians analisa possíveis prejuízos que já sofreu pela não conclusão das obras. Não há prazo para o clube fazer a cobrança.

– São coisas importantes. Tem o aspecto da obra em si e aspectos financeiros. Isso precisa ser analisado. Há várias formas de questionar isso. Até do tipo: "Não estamos utilizando tal espaço porque ele não está concluído". Estamos perdendo dinheiro, teoricamente. Há vários pontos para analisar – concluiu Emerson Piovezan.

Globo Esporte

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