Sem verba, “Floresta dos Atletas” ainda não foi plantada um ano após as Olimpíadas

(Foto: Reprodução)

Por Redação Blog do Esporte


Durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, cerca de 13 mil sementes de aproximadamente 207 espécies de plantas foram depositadas em totens que formaram os arcos olímpicos verdes no Estádio do Maracanã. A chamada “Floresta dos Atletas”, entretanto, ainda não foi plantada um ano após as Olimpíadas.

O projeto inicial prevê que as mudas seriam plantadas no Parque Radical de Deodoro e um documentário seria produzido para ser exibido nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020. Ao todo, o custo da floresta seria de R$ 3,1 milhões. No primeiro momento, as mudas foram levadas para uma fazenda em Silva Jardim, no norte do estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a empresa Biovert, responsável pelo plantio, as mudas estão guardadas, protegidas e cuidadas em uma estufa. Entretanto, a empresa ainda não recebeu o pagamento para executar o serviço. Neste processo de conservação das mudas, já foram gastos R$ 600 mil.

No último dia 8, o Tribunal de Contas da União apresentou um relatório sobre a Rio 2016 onde cobra a plantação da Floresta.

“O ministro [Augusto] Nardes também destaca em seu voto a demora para o plantio das mudas de árvores que vão formar a Floresta dos Atletas, que engloba também o Bosque dos Medalhistas. Ele lembrou que os organizadores dos Jogos Rio-2016 divulgaram, mundialmente, que um dos legados ambientais seria a criação da floresta, que teve seu início na cerimônia de abertura. Na ocasião, 12 mil atletas depositaram sementes em totens que formavam os arcos olímpicos. ‘Apesar das belas imagens para o mundo, até a presente data não houve preparo da área de plantio e não há nenhum plano concreto para que as mudas sejam plantadas’, revelou o ministro”.

Em entrevista ao jornal O Globo, o diretor do Comitê Olímpico Mário Andrada disse que tal promessa não estava no caderno de encargos, mas que vai honrar com o compromisso. O prefeito do Rio Eduardo Paes realizou o plantio de cem mudinhas que poderiam dar o pontapé inicial para a Floresta, mas as plantas não receberam irrigação ou manutenção.

“A atual gestão, iniciada em janeiro deste ano, apenas tomou conhecimento deste impasse quando foi questionada pelo TCU, há cerca de um mês. A partir de então, procuramos imediatamente a Biovert, empresa responsável técnica pela execução do suposto plantio, com o objetivo de iniciar as tratativas visando a execução do mesmo”, diz a nota oficial da Prefeitura do Rio de Janeiro.

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