Com brasileiro na disputa, Comitê Paralímpico elege seu novo presidente

(Foto: Reprodução)


Aos 40 anos, o brasileiro Andrew Parsons pode se tornar o homem mais importante do mundo paralímpico na madrugada desta sexta-feira. Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) entre 2009 e março deste ano, o carioca concorre à presidência do Comitê Paralímpico Internacional (IPC - sigla em inglês). A assembleia que decidirá o comando da entidade pelos próximos quatro anos será realizada a partir das 02h30 (09h30 locais) em Abu Dhabi, Emirados Árabes. Andrew concorre com outros três candidatos, todos estrangeiros.

- Não tivemos nenhuma pesquisa sobre favoritos à eleição. Cada candidato faz a sua campanha e o seu controle. Também não há um levantamento oficial por parte do IPC. Só posso dizer que estou confiante. Tenho uma história no movimento paralímpico e trabalhei muito para me credenciar a esse cargo. Talvez eu seja o favorito, mas eleição é eleição, tudo pode mudar e acontecer diferente do esperado - disse Andrew.

Andrew tem como concorrentes o canadense Patrick Jarvis, o dinamarquês John Petersson e a chinesa Haidi Zhang. Presidente do Comitê Paralímpico Canadense de 1998 a 2006, Jarvis foi velocista, tendo corrido nos 800m, 1500m e revezamento 4x100m dos Jogos Paralímpicos de Barcelona 1992. Já Petersson é ex-nadador e preside o Comitê Paralímpico Europeu desde 2009. Haidi Zhang, por sua vez, é presidente da Federação Chinesa para Pessoas com Deficiência. A chinesa é escritora, filósofa e militante pelos direitos do deficiente físico.

Fundado em 1989, o IPC só teve dois presidentes até então. O primeiro foi o canadense Robert Steadward, que cumpriu três mandatos de 1989 a 2001. Naquele ano, o britânico Sir Philip Craven foi eleito pela primeira vez. Ex-atleta de esgrima paralímpica, o inglês completa o seu quarto mandato neste mês de setembro.

A assembleia que decidirá o novo presidente do IPC tem um colégio eleitoral formado por 175 votantes, formado pelos comitês paralímpicos nacionais, os comitês regionais (de quatro continentes) e as confederações de esportes não geridos pelo IPC, como as modalidades para cegos (judô, bocha e futebol de 5), as para atletas como paralisia cerebral e as para deficientes intelectuais.

Para ser eleito, Andrew precisa de um mínimo de 86 votos. Além do presidente, serão escolhidos nesta sexta o novo vice-presidente e os 12 membros do conselho diretor do IPC do próximo quadriênio.

Três nomes concorrem à vaga de vice-presidente: Duane Kale, da Nova Zelândia, John Petersson, da Dinamarca, e Majid Rashed, dos Emirados Árabes Unidos. Como também se candidatou à presidência, Petersson só pode ser eleito em um dos cargos.

Formado em comunicação e marketing pela Universidade Federal Fluminense, Andrew Parsons iniciou a sua trajetória no movimento paralímpico como estagiário de jornalismo do CPB nos anos 90. Alçado ao cargo de secretário-geral do Comitê Brasileiro em 2001, o carioca foi eleito presidente do Comitê Paralímpico das Américas em 2005, ocupando a função até 2009, quando virou presidente do CPB, cumprindo dois mandatos seguidos. Em 2013, Andrew foi eleito vice-presidente do IPC, cargo que ocupa até a presente data. A posse da nova diretoria está prevista para acontecer somente em outubro.

Globo Esporte

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