São dois os pontos do regulamento que mais tem acalorado as
discussões em torno da temporada 2018 da Fórmula 1: a introdução do Halo e a
redução do número limite de motores de quatro para três por ano para cada
piloto.
- Estou muito surpreso. Para mim, o Halo é uma pequena mudança,
mas que pode ter um grande impacto em segurança. Tenho que admitir que estou
fascinado pela quantidade de coisas que ouvi sobre o Halo na F1, o que é
normal, tendo em vista que sempre tentamos progredir em segurança nas
categorias de monoposto. Entendo que pelo fato de a F1 ser o auge do
automobilismo, a imprensa sempre se manifesta mais. Porém, a peça será
introduzida em outras categorias e ninguém falou nada.
Para mim, a coisa mais
essencial é dar mais segurança aos pilotos. Agora é com os engenheiros. E até
agora, o Halo para eles foi a melhor opção das três que surgiram. Infelizmente,
não é à prova de balas. O automobilismo hoje é mais seguro do que era, mas
ainda é perigoso. O que pudermos fazer para trazer mais segurança para os
pilotos, nós faremos - afirma Todt.
Em seguida, o francês falou sobre a questão do número limite
de motores, sendo taxativo de que, para a próxima temporada, não há o que ser
feito. Cada piloto, então, terá apenas três motores por temporada a partir de
2018.
- É algo que já foi decidido. Para voltarmos ao limite de
quatro, precisaríamos de aprovação unânime. E isso não acontecerá, então serão
três motores.
A medida serve para ajudar times com menor orçamento a terem
chance de competir contra as equipes de fábrica, que possuem muito mais verba.
O chefe da RBR, Christian Horner, um dos maiores críticos da regra, afirma que
apesar da boa intenção, a o limite de motores teve efeito contrário, já que os
times estão gastando cada vez mais para fazer peças mais duráveis. Horner
também aponta a preocupação de que um campeonato possa ser decidido através de
punições das posições no grid de largada.
- Não acho fácil encontrar uma solução. Mas se não fizermos
nada, será mais caro comprar motores. Não seria problema algum para nós tirar o
limite, mas seria um problema para os competidores. E aí temos que aplicar
punições.
Globo Esporte
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