Parceria entre Circuito Caixa e Comitê Paralímpico leva esporte inclusivo ao Brasil

(Foto: Luiz Doro /adorofoto/HT Sports)


Esporte é desempenho. Esporte é saúde. Esporte é inclusão. Baseado neste tripé, o Circuito de Corridas CAIXA avança sendo mais atual e relevante do que nunca na temporada em que completa 15 anos. Criado em 2004, a mais tradicional série de provas de rua do Brasil já recebeu mais de 280 mil pessoas em 131 provas até 2017. Em 2018, deu um passo adiante. Além de manter o acolhimento e condições para portadores de diferentes tipos de necessidades especiais em cada um de seus 12 eventos, passou a integrar o calendário do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).


A parceria entre Circuito CAIXA e CPB, quatro provas foram chanceladas pela entidade: Belo Horizonte (na abertura, dia 13 de maio), Recife (29 de julho), Fortaleza (5 de agosto) e São Paulo (21 de outubro). Após três corridas, os números comprovam a assertividade da ação. Quarenta e seis corredores entre diversas categorias paralímpicas largaram para correr percursos de 10km, 5km em busca de pontos para o ranking nacional. A expectativa para o último evento do calendário, programado para a capital paulista, é para recorde de inscritos. Vale lembrar que a participação de atletas com necessidades especiais é maior, pois há aqueles que correm em busca de qualidade de vida.

O Coordenador Técnico do CPB, Ricardo Silva Melo, explica os motivos para a parceria. “Por tratar-se de um circuito com ótima qualidade de percursos e excelente organização, em 2018 o Comitê Paralímpico Brasileiro passou a reconhecer e homologar, para seu ranking nacional de corridas de rua, as marcas dos atletas que tenham classificação física, visual ou intelectual oficiais do CPB nas competições do Circuito de Corridas CAIXA”, informa o dirigente por meio de carta oficial enviada pela entidade.

Para Hélio Takai, diretor da HT Sports, responsável pela organização do Circuito CAIXA, a parceria com o CPB é uma motivação a mais para seguir investindo em inclusão. “Nosso objetivo é fomentar o esporte e oferecer tanto condições para o atleta de elite se desenvolver, como para o amador praticar o esporte em prol de saúde e qualidade de vida, sem esquecer dos portadores de necessidades especiais. A parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro reforça e amplia essa vocação inclusiva”, avalia.

Inclusão em todas as etapas – Além da parceria com a CPB, o Circuito CAIXA acolhe todas as pessoas com necessidades especiais ao redor do Brasil. Um exemplo foi a etapa de Uberlândia. Além do desempenho de alto nível na elite e da festa dos mais de 1.200 atletas que correram 10km e 5km, uma equipe de atletas com necessidades especiais se destacou. O grupo, composto por mais de 30 pessoas, entre deficientes, amigos, familiares e treinadores correu junto até a linha de chegada. Empurrado pela mãe, Karolina Cordeiro, e ao lado das duas irmãs, Pedro antecipou a comemoração do aniversário de 12 anos. Portador da Síndrome de Aicardi-Goutières (SAG) desde os 10 meses de vida, uma rara doença que lhe tira os movimentos, o garoto que não anda e nem fala participa do Circuito CAIXA desde 2012.

O maior grupo com deficientes veio de Campina Verde, pequena cidade da região do Triângulo Mineiro, com pouco mais de 20 mil habitantes. A equipe do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) levou atletas com necessidades especiais para uma prova pela primeira vez no Circuito CAIXA, experiência que deve ser a primeira de muitas.

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