Lomba banca Barbieri no Flamengo, ainda busca coordenador e garante autonomia nas decisões

(Foto: Reprodução)


Depois do lançamento da candidatura para a presidência do Flamengo, Ricardo Lomba falou, agora, como o vice de futebol do clube. Segundo ele, Maurício Barbieri continua como treinador do clube apesar de os resultados estarem longe do ideal.


- É o nosso treinador. A gente confia e acredita nele. Esperamos que consiga reverter o momento, que não é o adequado e nem o ideal. (...) A segurança que ele tem é a mesma de qualquer um do departamento de futebol. Temos que render nas nossas áreas profissionais, entregar resultado. Não há estabilidade. Não há servidor público. Todos são avaliados e tem que apresentar resultados.

Lomba também se colocou na posição de torcedor e disse reconhecer a insatisfação. Segundo o VP, ele tem total autonomia para tomar decisões no futebol. E, mesmo garantindo Barbieri, diz que ainda busca um coordenador para a área.

- Quero deixar claro aqui que o regime é presidencialista, mas cada vice-presidente tem que ter autonomia para tocar o trabalho. E eu tenho toda autonomia para tocar os rumos do futebol. Obviamente que, por uma questão de respeito à estrutura hierárquica do clube, eu converso com o presidente. Mas não sou tolido em nenhuma decisão. Posso tomar e tomo as decisões em torno do futebol.. (...) O cargo de coordenador técnico nunca foi esquecido. Estamos buscando. Não vamos contratar sem estarmos convencidos.

Outros tópicos da coletiva de Ricardo Lomba como vice de futebol

Insatisfação própria

A angústia e a insatisfação da torcida também é minha, da comissão técnica e dos jogadores. Os jogadores estão insatisfeitos com o resultado e a gente tem que trabalhar muito para reverter essa situação. A solução é interna, coisa nossa. A gente tem que trabalhar muito, discutir muito, ver quais são os problemas e o mais rápido possível resolver. Não há nenhum tipo de acomodação, mas sim muito trabalho a ser feito e a gente espera reverter esse quadro o mais rápido possível.

Vontade dos jogadores sobre permanência

Tem que respeitar. É necessário, mas o discurso não é o suficiente. Temos que reencontrar o caminho das vitórias.

Queda de rendimento de Paquetá

O desejável é que todos os jogadores permaneçam no mais alto nível e jogando o seu melhor futebol o tempo todo. É muito difícil conseguir. Agora, é claro, um jogador da importância e do talento do Paquetá, um "cracaço" de bola, quando ele cai um pouco de produção, lógico que a participação dele diminui um pouco e aí o time cai bastante. Mas acho que a gente tem que olhar o todo e dar todas as condições para tentar recuperá-lo. Ver o que a gente pode fazer para que volte a jogar aquele futebol que a gente sabe que ele tem e que o levou para a seleção brasileira.

Participação da diretoria e comissão de futebol nas decisões de prioridade das competições

A gente tem que salientar primeiro o problema de calendário que é desumano. No mês de agosto nós jogamos um jogo a cada três dias. É risível você ter essa realidade. Você tem um time de futebol com um elenco bastante qualificado, caro, com um investimento muito grande, mas você não tem tempo de treinar. A gente tem que conviver com essa realidade. Em relação a isso, a gente fez uma programação. O Centro de Excelência em Performance, treinador e diretoria participam disso.

A gente optou por jogar dessa forma, fazendo as análises do pós-jogo, vendo quais jogadores teriam condições de permanecer atuando e não corriam risco de lesão. Foi uma escolha da diretoria e da comissão técnica. Eu acho que surtiu efeito. Fomos eliminados da Libertadores, lamentamos demais, mas por outro lado eliminamos o Grêmio na Copa do Brasil e ainda estamos vivos no Campeonato Brasileiro. Acho que o saldo é positivo. Isso contribui, sim, para uma queda de produção de um ou outro jogador.

Até porque não é só o desgaste físico. É o desgaste mental, muita viagem, necessidade de permanecer vivo na competição, ganhar... Mas o Flamengo é isso. O Flamengo quer estar em todas as competições e ir até o fim. Isso vai implicar em jogar jogos até o fim e em excesso, mas é isso que a gente se propõe a fazer. É isso que a gente busca. Temos elenco para isso e acreditamos que podemos dar continuidade ao trabalho dessa forma.

Como equilibrar as competições

Isso é estratégia. Tem times que adotam uma estratégia e jogam com um time numa competição e outro time na outra. O Flamengo não adotou essa estratégia porque conversamos e avaliamos que tínhamos condições de fazer isso. A gente ainda não chegou no fim do ano para ter uma análise perfeita se deu certo ou não. Até agora estamos indo num caminho bom, uma vez que das três competições, estamos vivos em duas, disputando com totais chances de alcançar o título.

Obviamente que ao término do ano a gente vai fazer uma análise, vai olhar para trás, ver o que foi feito, o que poderia melhorar e, a partir desses dados, alterar ou manter essas estratégias. Porque no ano que vem estaremos no mesmo ritmo e disputando as mesmas competições.

Diego

Eu acho o Diego um excelente jogador, uma liderança. Tem uma influência muito grande nos outros jogadores. Ele participa demais do jogo, muito ativo e que contribui bastante para o time do Flamengo. Não acho ele temperamental. Acho que é um jogador que vibra, tem sangue quente e é uma característica bem interessante que agrega valor ao time como um todo.

Globo Esporte

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