Alfinetadas: Seleção brasileira muda tática, mas ainda está longe de projetar um “novo Neymar”


(Foto: Pedro Martins / MoWA Press)

Por Nicholas Araujo
Redação Blog do Esporte


É notório que o técnico Tite mudou a postura de Neymar tanto dentro quanto fora do campo. Mesmo não apresentando um futebol vistoso e inspirador contra a Argentina, o agora capitão da seleção concedeu entrevista na zona mista e participou da coletiva de imprensa, o que não ocorreu na Copa do Mundo, quando o jogador manteve o silêncio em todo o torneio.

No entanto, ainda estamos longe de ver o melhor do jogador. A partida contra a Argentina mostrou que o atacante ainda valoriza mais as jogadas individuais do que o coletivo. Foi bem marcado, valorizou quando recebia falta e pouco ajudou no ataque. Conseguiu a assistência para o gol de Miranda em cobrança de escanteio, mas foi pouco para o que se espera do jogador.

Este é o grande ponto da discussão. Se espera muito de Neymar, que não consegue corresponder a altura. Faz milagre jogando no PSG, mas ainda trava na filosofia e no esquema tático da seleção brasileira. Foi nítido a dificuldade de jogar nos dois amistosos (a seleção também jogou contra a Arábia Saudita) e a marcação cerrada.

Uma outra crítica a Neymar foi de não saber a situação da Arábia, que passa por uma crise política. O atacante não é obrigado a saber, mas pelo menos poderia ter se informado sobre a situação. Ter respondido que o assunto “não é do seu domínio” não foi visto com bons olhos pela imprensa e torcedores.

Em suma, Neymar ainda está longe do seu melhor na seleção. Ainda gostaria de ver uma formação sem o atacante, para saber como a seleção se comportaria. Estamos voltando a ter uma dependência do atleta, que não está na sua melhor forma. A pressão é grande e os resultados não acontecem. Aguardemos os próximos capítulos.

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