Conmebol adia segundo jogo da final para domingo após ataque ao ônibus do Boca Juniors

(Foto: REUTERS/Martin Acosta)


A segunda partida da final da Libertadores, entre River Plate e Boca Juniors, será disputada no domingo, às 18h (de Brasília). A Conmebol anunciou o adiamento do jogo, que seria realizado neste sábado, depois que o ônibus do Boca foi atacado por torcedores do River na chegada ao estádio Monumental de Núñez.

O anúncio, no entanto, se deu após horas de indefinição. O duelo estava inicialmente marcado para 18h (de Brasília). Com a confusão, a Conmebol atrasou o início em uma hora (seria às 19h, portanto); e depois, em mais 1h15 (às 20h15). A confirmação do adiamento foi anunciado somente por volta de 20h30.

A postura do Boca Juniors desde o início do tumulto foi de insistir no discurso de que a partida não poderia acontecer neste sábado. Pablo Pérez e Lamardo, jogadores do Boca, se machucaram com estilhaços da janela do ônibus e precisaram ser atendidos no hospital. Ambos voltaram ao estádio com um curativo no olho.

Médico do Boca Juniors, Dr. Jorge Pablo Batista compartilhou imagens do atendimento a Pérez e Lamardo. Ficou diagnosticado que o primeiro sofreu uma úlcera no olho esquerdo.

 (Foto: Juan MABROMATA / AFP)

Além disso, de acordo com a imprensa argentina, seis jogadores do time xeneise vomitaram no vestiário em decorrência do gás de pimenta utilizado pela polícia na tentativa de conter a confusão. Carlitos Tevez, momentos antes da notícia do adiamento do jogo, relatou o drama aos jornalistas presentes.

- Entendo que exista muita pressão em todos os presidentes neste momento, mas acredito que eles precisam fazer o seu trabalho. Eles viram bem, está tudo filmado. Eu vomitei, minha garganta ardia, agora estou com dor de cabeça. Temos três companheiros que não estão bem fisicamente, não podemos acreditar no que está acontecendo - disse ele.




Uma série de reuniões aconteceu nos corredores do Monumental nos momentos de indefinição entre representantes da Conmebol, dos clubes e da Fifa - dentre eles, Gianni Infantino, presidente da entidade maior do futebol mundial. Segundo relatos da "Tyc Sports", Infantino teria dito em determinado momento:

- Quero um responsável por isso, mas a partida tem que ser jogada.

Presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez falou com a imprensa ainda no estádio e definiu a decisão do adiamento como um "pacto de cavalheiros" entre os clubes. Ele confirmou que as três partes (Boca Juniors, River Plate e Conmebol) assinaram um documento oficializando a mudança da data da partida.

O presidente do Boca, por sua vez, livrou o River de qualquer culpa pelo acontecido.

- O compromisso que nós, presidentes, assumimos é que a partida seja jogada amanhã. Isso escapa da responsabilidade do River, poderia ter acontecido a 200 metros do nosso campo - disse Daniel Angelici.

Essa seria a segunda partida da final da Libertadores. Na primeira, realizada no dia 4 de novembro, na Bombonera, Boca Juniors e River Plate empataram em 2 a 2.

 (Foto: REUTERS/Marcos Brindicci)

Confusão e correria nos arredores do estádio

Houve confusão na saída dos torcedores do River Plate do Monumental de Núnez. Revoltados com o adiamento, alguns vândalos entraram em confronto com a polícia, e algumas pessoas ficaram feridas. Clima de muita tensão e apreensão em Buenos Aires.


River pede para torcida guardar ingresso

O River Plate emitiu um comunicado pedindo para que os torcedores que foram ao estádio guardarem os ingressos para domingo.

- Solicitamos a todos os espectadores que conservem seus tickets porque os mesmos serão válidos para ingressar ao estádio amanhã, com a bola rolando às 18h (de Brasília).


Globo Esporte

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