River x Boca: final da Libertadores em Madri teve bênção da Fifa e apoio de Florentino Pérez

(Foto: Marcos Brindicci/Reuters)


Um telefonema na manhã de quinta-feira entre o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, e o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, desatou o nó em que havia se transformado a final da Copa Libertadores entre Boca Juniors e River Plate.

Dois dias antes, a Conmebol já havia decidido tirar a final da Argentina, depois dos atos de violência da torcida do River contra jogadores do Boca, que levaram à suspensão do jogo, programado para o último sábado.

Marcada para o dia 9 de dezembro, às 17h30 (de Brasília), a partida de Madri será o jogo de volta da final da Libertadores. O jogo de ida, disputado em La Bombonera, estádio do Boca, terminou empatado em 2 a 2.

Na noite de quarta-feira, tanto na América do Sul quanto no Oriente Médio se garantia que o jogo seria organizado em Doha, bancado pelo dinheiro do Catar – que por meio de sua companhia aérea patrocina tanto a Libertadores quanto o Boca Juniors. A ideia de levar o jogo para a Espanha tem a paternidade dividida entre Domínguez, Florentino e o presidente da Fifa, Gianni Infantino, que estava no Monumental de Núñez quando a final teve que ser suspensa.

– Telefonei para Florentino, com quem tenho uma grande amizade, falei de minha ideia (de fazer o jogo em Madri) e em dois minutos ele me ofereceu o Santiago Bernabéu – contou Domínguez em entrevista coletiva.

A ideia já tinha o apoio de Infantino. O passo seguinte foi obter as aprovações do presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, e do presidente da Uefa, Aleksander Ceferin. Paralelamente, a Conmebol articulou politicamente a mudança do torneio para Madri com as autoridades espanholas. No meio da tarde de quinta-feira, antes do anúncio oficial, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, publicou um tuíte de "boas vindas" à final da Libertadores.

Na noite de quinta-feira, Domínguez explicou os motivos que levaram Madri a superar Doha como sede da final da Libertadores: maior número de conexões com aeroportos sul-americanos, grande presença de argentinos na Espanha (mais de 250 mil) e um palco tradicional do futebol mundial.

Um jogo no Catar, embora fosse extremamente atrativo do ponto de vista financeiro, não teria o mesmo apelo que uma final entre dois times argentinos no estádio do Real Madrid.

Globo Esporte

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