Cruzeiro pede garantias para jogar na Venezuela e marca reunião para discutir prejuízos

 (Foto: Rafael Araújo)


O Cruzeiro só disputou uma partida até agora na Libertadores, mas já está de olho na 6ª rodada do Grupo B. Isso porque o time tem um duelo contra o Deportivo Lara, da Venezuela, marcado para o dia 23 de abril, na cidade de Cabudare. A crise política e econômica enfrentada pelo país vizinho gera preocupações à diretoria do clube mineiro.

As atenções do Cruzeiro estão voltadas principalmente para a questão de segurança. Em entrevista ao GloboEsporte.com, Benecy Queiroz, supervisor administrativo, afirma que o clube enviou um ofício à Conmebol há cerca de um mês solicitando que a entidade oferecesse garantias de segurança à delegação celeste. A Raposa sugeriu, inclusive, que a partida fosse realizada em outro país, caso a situação venezuelana permaneça ruim até lá.

- Há cerca de 45 dias, 30 dias, com orientação do nosso vice-presidente de futebol Itair (Machado), fizemos um ofício à Conmebol, demonstrando a nossa preocupação e solicitando a eles nossa garantia a essa viagem à Venezuela. O sistema que apresentava naquela época já era precário, e solicitamos a ela que, se houvesse continuidade do estado (pelo qual passava o país), que ela estudasse a possibilidade de fazer uma mudança do local (país) – disse Benecy, confirmando informação inicialmente divulgada pela Rádio 98FM.

Benecy relata que o Cruzeiro, no entanto, não sugeriu um local específico para realização da partida. A sugestão dele é que seja em um país mais próximo que a Venezuela.

- A gente não pode escolher local. Na minha opinião, se atenderem a essa demanda, deve ser em um país mais próximo. Isso é a minha opinião, claro. Mas isso é competência dela. Apenas pedimos garantias e solicitamos a possibilidade se continuasse o estado de calamidade que lá está.

Com quem fica o prejuízo?

Apesar de já estar de olho no jogo na Venezuela, o Cruzeiro tenta resolver algumas pendências relacionadas ainda ao duelo contra o Deportivo Lara no Mineirão. Inicialmente, a partida estava marcada para quarta (13/03), foi adiada para quinta (14/03) e, posteriormente, remarcada para 27 de março. Tudo em função do fato de os venezuelanos não terem conseguido chegar a Belo Horizonte.

Mesmo com o adiamento da partida, o Cruzeiro precisou arcar com alguns custos que são de responsabilidade do mandante, como o pagamento direcionado ao delegado da partida, por exemplo. Benecy afirma que a diretoria vai se reunir nesta quinta-feira para decidir como ficarão os prejuízos.

- O Itair Machado vai resolver isso hoje. Na verdade, vamos ter alguns prejuízos, que são objeto de uma reunião do Itair para saber qual a atitude que o clube vai tomar em relação a esse incidente. Ele vai estudar com o departamento jurídico para nos orientar quais são as providências que serão tomadas.

Globo Esporte

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