Em dia ruim, Brasil sofre com domínio de Cuba, cai na semi e brigará por bronze no vôlei no Pan

(Foto: EFE/Martin Alipaz)


De um lado, a seleção brasileira, com média de idade de 24,5 anos. Do outro, a seleção cubana, com 22 de média de idade. Duas equipes jovens entraram em quadra neste sábado para buscar a classificação para a final do vôlei masculino nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. Mas o que se viu na Villa Desportiva del Callao, em Lima, foi uma atuação de gente grande de Cuba, muito mais entrosada e determinada.

Dessa forma, foram os cubanos que saíram com a vitória pelo placar de 3 a 0, parciais de 25/16, 25/22 e 25/21. Eles farão a decisão contra o vencedor de Argentina e Chile, que começa às 22h30 (de Brasília). O bronze será disputado às 20h deste domingo, e a luta pela medalha de ouro será realizado logo depois, às 22h30.

O Brasil teve um problema para o confronto. O campeão olímpico da Rio 2016 e ouro no Pan de Guadalajara 2011, Éder Carbonera, de 35 anos, mais experiente da equipe, sentiu uma indisposição durante o dia e acabou se apresentando para o jogo somente no fim da primeira parcial. Havia a dúvida de se ele poderia atuar, e o veterano acabou indo no sacrifício e entrando no segundo set. Apesar da melhora do Brasil, não adiantou muito, e a vaga ficou para os cubanos. Melgarejo e López Castro foram os destaques.

Após a partida, Lucas Lóh reconheceu o baixo rendimento e o excesso de erros da seleção brasileiro neste sábado.

- Acho que (o Eder) não (fez falta). Eu nem sei o que aconteceu ali direito. O Cledenilson é um atleta jovem, cheio de saúde, completamente preparado. Acho que isso não afetou nada o resultado. O que afetou foi o que se viu dentro de quadra. A gente um pouco abaixo do que podia apresentar, a gente errou muito saque (17 erros no total), não deixando a recepção deles correr um pouco de risco. E quando a gente acertava o saque, eles também estava controlando a recepção. Respeitamos muito o sistema de bloqueio deles, então eles estavam fazendo contra-ataques fulminantes, com muita potência. A gente não soube lidar com esse negócio. É triste para caramba porque a gente queria muito estar nessa final. Mas agora tem que ter a cabeça boa para deixar essa derrota para trás e lutar pelo bronze amanhã - afirmou o camisa 5 após o jogo.

O jogo

O duelo entre as duas equipes começou bem equilibrado. Mas Miguel López Castro, de Cuba, se destacava na ponta. E, por conta disso, os cubanos mantinham a ponta do primeiro set. O Brasil não conseguia se encaixar e, aos poucos, a seleção rival foi se aproveitando da atuação ruim dos brasileiros para abrir vantagem. No fim da parcial, melhor para o adversário da equipe verde e amarela, que saiu com o elástico placar de 25 a 16.

Éder Carbonera chegou no fim do primeiro set e aproveitou o intervalo entre as parciais para fazer um rápido aquecimento. Quando estava 6 a 6 no segundo, o jogador foi chamado por Marcelo Fronckowiaki. Na jogada seguinte, recebeu uma bola e mandou fora. Thiaguinho forçava muito as jogadas com o veterano, que ainda parecia um pouco frio. Mesmo assim, o Brasil estava um pouco mais vibrante e mais agressivo.

A cada ponto, os jogadores comemoravam bastante e mostravam vontade de reagir, mas Cuba não deixou que os brasileiros tomassem conta do jogo. Com Melgarejo mais ativo, os cubanos viraram e foram em vantagem para a parada técnica. Após ponto de Yant, Marcelo Fronckowiak se viu obrigado a parar o jogo, mas não adiantou muito. Os erros brasileiros seguiram, e Cuba soube administrar a vantagem para fechar em 25 a 22, abrindo 2 a 0 no confronto.

Na terceira parcial, o Brasil tentava em alguns momentos, mas não parecia ter forças para reagir diante do domínio imposto pelos cubanos em quadra. Nem a presença de Éder Carbonera parecia poder mudar o cenário que se desenhava. O time verde e amarelo até cresceu um pouco do meio para o fim do set, e a torcida acompanhou. Mas os rivais da seleção brasileira fecharam mesmo em 25 a 21 e se garantiram na decisão.

A campanha do Brasil

Fase de grupos
Brasil 3 x 1 México - 25/23, 25/19, 22/25 e 25/22 
Brasil 3 x 1 Chile - 25/18, 22/25, 25/16 e 25/17
Brasil 3 x 2 EUA - 23/25, 21/25, 25/17, 25/19 e 15/9

Semifinal
Brasil 0 x 3 Cuba - 16/25, 22/25 e 21/25

Globo Esporte

Comentários