Pan comprova força dos EUA, vê crescimento de emergentes e confirma queda de Cuba

(Foto: Pilar Olivares/Reuters)


Os Jogos Pan-Americanos de Lima terminaram no último domingo com a certeza que os Estados Unidos seguem, com longa vantagem, como a maior potência esportiva do continente. O Brasil se consolidou com um segundo lugar conquistado até com uma certa margem, enquanto o México fechou em terceiro. Canadá, Cuba, Argentina e Colômbia completaram os sete primeiros.

Como o previsto, as medalhas foram mais diluídas. Por exemplo, o sétimo lugar nos Jogos de Toronto, foi conquistado pela Argentina com 15 ouros. Desta vez, a Colômbia ficou na mesma posição com 32 títulos. Ou seja, a diferença do terceiro para o sétimo há quatro anos foi de 27 ouros. Em 2019, essa diferença foi de apenas nove.

Os Estados Unidos levaram ao Pan a força máxima em cerca de 20 modalidades, mesclaram equipes em outras tantas. Natação, por exemplo, era um time B, mas que contou com cinco campeões olímpicos. No atletismo, uma mescla de titulares e reservas. No basquete, triatlo, ciclismo e tênis, times longe dos titulares. No remo e rúgbi, equipe reserva.

O Canadá dá menos importância para o Pan. Além de seguir o exemplo dos Estados Unidos nas modalidades citadas acima, o país ainda abriu mão de seus titulares no judô e canoagem. Mas, ao mesmo tempo, é bom lembrar que, na Olimpíada do Rio, os canadenses ficaram atrás do Brasil no quadro.

O México fez um Pan muito bom, fechou em terceiro lugar, um feito histórico para o país. Mas vale lembrar que dos 37 ouros conquistados, 16 foram em provas ou modalidades não olímpicas. Mas vale ressaltar os resultados da ginástica e atletismo, mas com a ressalva que o taekwondo e o tiro com arco esperava-se um pouco mais.

Cuba ficou em quinto lugar, a pior posição em mais 40 anos, o que aumenta ainda mais o sinal de alerta para o esporte do país. Boxe e judô, com cinco ouros cada, mantiveram o status de potência, assim como a luta olímpica. O tiro esportivo também conseguiu um resultado interessante. Mas o país segue em decadência na maioria das modalidades.

A Colômbia terminou com 28 ouros, mas talvez se esperava um pouco mais, talvez 30 douradas. Patinação velocidade, que não é olímpica, e levantamento de peso, foram os principais destaques.

A Argentina fez um grande Pan, terminando em sexto lugar, na frente da Colômbia. Muito destaque para o desempenho nos esportes coletivos. Levou os hóqueis masculino e feminino, além do o basquete, futebol, handebol, rúgbi, vôlei e softbol masculino.

Chile ganhou a disputa interna com o Peru pela oitava posição, enquanto a República Dominicana fechou o top 10 com o ouro no vôlei. Equador em décimo primeiro, e a Venezuela, que despencou com a crise vivida, fechou em 12º.

Globo Esporte

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