A sina de Buffon: goleiro flerta com a Champions de novo, mas é vice pela 3ª vez

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Gianluigi Buffon é uma legenda do futebol italiano e mundial. Acumula marcas expressivas e conquistas pela Juventus e pela seleção do seu país. Mas há, no caminho dele, uma sina cruel quando o assunto é a Liga dos Campeões. Neste sábado, o goleiro de 39 anos disputou pela terceira vez uma final da competição. E o pesadelo de Manchester, em 2003 contra o Milan, e de Berlim, em 2015 contra o Barcelona, se repetiu. Em Cardiff, País de Gales, o jogador caiu pela terceira vez. Contra o Real Madrid, contra Cristiano Ronaldo, ele e a Velha Senhora não suportaram. Um inapelável 4 a 1 para os espanhóis.

Buffon, que depois da final de Berlim já não esperava mais uma nova chance de ganhar o principal título da Europa, está ainda mais próximo do fim da carreira. Ela deve ter mais uma temporada - até a Copa do Mundo do ano que vem. Mas a cada dia, a cada final, a cada derrota, o encontro com a Orelhuda não passa de um flerte.

CR7 infalível contra Buffon

Gianluigi Buffon tem um ritual quando entra em campo. Nada demais, é algo comum entre os goleiros. O capitão da Juventus faz três marcas na linha da pequena área para ter a referência do centro do gol. Depois, bate as solas das chuteiras nas duas traves. Sinal da cruz, cusparada nas luvas para ter mais aderência e um rápido aquecimento.

Esses foram os principais movimentos do goleiro no primeiro tempo da decisão da Champions. Fora isso, Gigi foi mais torcedor do que jogador. O gol de Cristiano Ronaldo, aos 19, foi o primeiro ataque do Real Madrid. O chute rasteiro desviou na perna do zagueiro Bonucci antes de morrer no canto direito do camisa 1, mas ficou a impressão de que mesmo sem isso a bola entraria. Buffon avisara na véspera: “Cristiano é atacante, tem um poder de decisão que eu não tenho”.

O goleiro só apareceria novamente em outros dois momentos da etapa inicial: aos 26, muita vibração com o golaço de empate de Mandzukic. Como jogou com a torcida da Juve atrás dele, virou-se aos berros e com punhos fechados para comemorar. Aos 43, uma saída de gol fácil para cortar um cruzamento e nada mais. Antes de ir para o vestiário, Buffon virou-se outra vez para os seus torcedores e bateu no peito três vezes.

Três vezes vice

Buffon repetiu todo aquele ritual na volta do intervalo. Só que o Real Madrid não permitiu que ele sossegasse. Ao contrário. Seguidos ataques, chutes, cruzamentos… virou tortura. Em quatro minutos, o capitão da Juve viu ruir outra vez o seu grande sonho. Aos 15, chute do brasileiro Casemiro de fora da área, outro desvio num companheiro, desta vez em Khedira, e o segundo gol merengue. Aos 19, Cristiano Ronaldo surgiu outra vez diante do goleiro. Gol para cravar o terceiro vice de Gigi na Liga dos Campeões. No minuto final, Asensio tornaria tudo ainda mais difícil com o quarto gol do Madrid.

A Juventus havia levado três gols em 12 jogos nesta Champions. Em 64 minutos da final, sofreu três do Real Madrid. O clube, que há 21 não conquista a Champions, acumula a impressionante e negativa marca de sete vice-campeonatos em nove finais. Cada um com a sua sina.

Globo Esporte

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