Arthur Zanetti conquista a prata das argolas em Doha e volta ao pódio do Mundial

(Foto: RICARDO BUFOLIN / CBG)


A saída cravada foi seguida de grande comemoração. Antes mesmo de receber a nota 15,100, Arthur Zanetti sabia que tinha feito bonito na final das argolas de Doha. Sabia que estava muito perto de voltar a um pódio em Mundial. Nesta sexta-feira, o campeão olímpico de Londres 2012 só não foi melhor do que o atual campeão olímpico, o grego Eleftherios Petrounias, que conseguiu 15,366 mesmo com uma cirurgia no ombro marcada para a segunda-feira. Nada que diminuísse a felicidade de Arthur Zanetti com sua prata no pescoço.

- Fazia muito tempo que eu não ia a um pódio de Mundial. Voltar ao pódio foi um grande passo que dei. Agora é continuar trabalhando para o ano que vem buscar essa vaga olímpica tão esperada para a equipe do Brasil. Conseguindo essa vaga, consigo pensar na Olimpíada. É mais um passo na minha vida. Fazia muito tempo que eu não ia a um pódio de Mundial. Voltar ao pódio foi um grande passo que dei. Agora é continuar trabalhando para o ano que vem buscar essa vaga olímpica tão esperada para a equipe do Brasil. Conseguindo essa vaga, consigo pensar na Olimpíada. É mais um passo na minha vida.

Se o Mundial de 2017 foi o do desabafo para Zanetti, o de se envergonhar do próprio desempenho ao terminar no sétimo posto, o Mundial de Doha é o de ressurgimento do campeão olímpico. Ele mostrou a consistência que o marcou durante os ciclos de Londres 2012 e Rio 2016. Arthur Zanetti voltou ao páreo pelo topo. E para ficar.

Nem uma lesão no bíceps do braço direito impediu o retorno ao pódio. Um experiente campeão olímpico sabe lidar bem com o próprio corpo, conhece os caminhos para suportar as dores e as exigências de um treinamento pesado para conquistar uma medalha.

Desde o treino de pódio de Doha, Zanetti mostrou que estava de volta ao páreo, impressionou os árbitros. Na classificatória, conseguiu 15,033 e a segunda posição. Repetiu a boa nota na final por equipes. Aí na decisão das argolas nem viu Eleftherios Petrounias abrir a disputa com um 15,366. Último a se apresentar, o brasileiro estava na área de aquecimento, se concentrando para subir no aparelho e fazer sua melhor série desde a Olimpíada do Rio. Com 15,100 pontos, confirmou a prata.

- Eu não sabia nenhuma nota porque eu não vi a apresentação de ninguém, e eu não me preocupei com isso. Eu me preocupei mais em fazer bem a minha série. Pode não ter sido a melhor nota do ano, mas para mim foi a melhor série que eu fiz. Gostei de todos os movimentos que eu fiz. A gente dá uma balançada em um, em outro, mas dessa vez não. Essa série foi muito perfeita, sem balanço de argolas, os giros também foram bons, cheguei cravado nas paradas e cravei a saída, que é o que eu estava buscando. Sabia que se eu fizesse aquela série eu estaria no pódio - disse Zanetti.

Agora com seis pódios, Zanetti empatou com Diego Hypolito em número de medalhas em Olimpíadas e Mundiais. O campeão olímpico das argolas, porém, leva vantagem no número de pratas, liderando o ranking de ginastas mais condecorados da ginástica brasileira.

Depois de conquistar o título do individual geral na quarta-feira, o russo Artur Dalaloyan deu mais um show no solo, conseguiu 14,900 pontos e superou o favorito Kenzo Shirai. O japonês, que defendia o título mundial, acabou com a prata com 14,866. A grande surpresa foi o bronze. Calouro de apenas 18 anos, Carlos Edriel Yulo levantou a arquibancada ao faturar a primeira medalha da história das Filipinas, com 14,600.

Ouro inédito para Simone Biles

Depois de ter caído no salto que leva seu nome na final do individual geral, Simone Biles mudou os voos para a decisão do aparelho, acertou um Cheng e um Amanar e levou o título sem ser ameaçada, com média 15,366. Atual campeã olímpica do salto, ela conquistou seu primeiro ouro no aparelho em Mundiais. A canadense Shallon Olsen ficou com a prata (14,516), e a mexicana Alexa Moreno completou o pódio (14,508).

No desempate, agora dá China

Vice-campeão mundial do individual geral na quarta-feira depois de perder no desempate para o russo Artur Dalaloyan, o chinês Xiao Ruoteng levou o ouro do cavalo com alças também no desempate. Com 15,166 pontos, ele empatou com o britânico Max Whitlock, atual campeão olímpico e bicampeão mundial do aparelho. A melhor execução pesou a favor de Xiao. Lee Chih Kai, de Taiwan, completou o pódio com 14,966.

Não deu Simone, deu Nina

Na única prova em que não era favorita, Simone Biles teve de se contentar com a prata. Com 14,700, a americana conquistou sua primeira medalha nas barras assimétricas em grandes competições. O título ficou com a belga Nina Derwael, que voou com uma série de grande dificuldade e conseguiu 15,200. Foi a primeira medalha de ouro da Bélgica na história do Mundial. O bronze foi para a alemã Elisabeth Seitz, com 14,600.

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