(Foto: André Durão) |
Por Redação Blog do Esporte
Os altos custos com as operações no Maracanã vem causando polêmica entre os torcedores cariocas. O Flamengo acumulou um prejuízo de cerca de R$ 183 mil em três jogos que levou para o estádio. O Fluminense também divulgou que teve déficit de cerca de R$ 846 mil em três partidas. Questionada por estes gastos, a concessionária que administra o estádio se defendeu.
De acordo com a nota divulgada, o único valor que a concessionária recebe da bilheteria é referente ao aluguel e que essas quantias não cobrem todos os gastos para manter o estádio anualmente. Ainda citou outras receitas que não aparecem nos borderôs e atribuiu as altas despesas aos próprios clubes.
Confira a nota na íntegra:
Entenda os custos operacionais dos jogos e da manutenção do Maracanã
• É preciso diferenciar o que é o custo de uma partida e o que é despendido para a manutenção do estádio estar sempre seguro, atualizado e confortável para os torcedores do primeiro ao último jogo da temporada.
• A operação e o custo das partidas, desde 2017, está sob a responsabilidade dos clubes, que negociam diretamente com os fornecedores. A operação dá conta de despesas que existem em todo e qualquer estádio do mundo, como água, energia, seguranças, orientadores e funcionários de limpeza, por exemplo.
• É importante ressaltar que parte significativa desses custos dizem respeito à segurança dos torcedores. No último jogo, entre Flamengo e Cabofriense, no dia 3/02/19, foram mais de 475 seguranças privados que, somados aos policiais do BEPE, formaram um efetivo de 695 pessoas.
• As contas públicas (água, energia e gás) são medidas somente para o período da partida. Ou seja, os clubes só pagam o que é consumido durante o jogo.
• Os clubes também são os responsáveis pela bilheteria e pela definição dos preços dos ingressos, que via de regra está atrelada aos respectivos programas sócio torcedor ou similares.
• As receitas provenientes destes programas de sócios torcedor ou similares não aparecem no borderô das partidas.
• As receitas times de futebol mandantes durante os jogos no estádio não se resumem apenas à bilheteria da partida. Pelos contratos estabelecidos entre o Maracanã e o clubes, estes recebem percentuais das receitas de alimentos e bebidas, bem como valores oriundos da venda de camarotes.
• Reiteramos que a única remuneração da concessionária que administra o Maracanã é de R$ 120 mil por partida e R$ 150 mil nos clássicos. Esses valores foram solicitados pelos clubes numa reunião realizada em 14 de janeiro na FERJ.
• É com este recurso que a empresa mantém o estádio sempre atualizado e com a manutenção em dia. Está no contrato de concessão, por exemplo, a correta amortização e depreciação dos equipamentos e espaços. Em linhas gerais significa que a concessionária deve trocar equipamentos que se depreciam o quebram ao longo do tempo, como lona da cobertura, telões, subestações de energia, sistema de segurança, ar condicionado, elevadores, catracas, cadeiras e outras dezenas de itens.
• As receitas obtidas pela concessionária por meio do aluguel do Maracanã nos jogos não cobrem todas as despesas necessárias para manter o estádio anualmente. É por esse motivo que o Maracanã viabiliza receitas por meio do conteúdo futebol, das dezenas propriedades do estádio e também através do desenvolvimento do entorno do estádio.
• A simples leitura do borderô das partidas, portanto, mostra apenas parte dos recursos que são movimentados durante um jogo de futebol.
Tomando como exemplo o borderô o jogo Flamengo x Cabofriense, sexta partida realizada no estádio em 2019
• A única receita obtida pela concessionária foi o aluguel de 120 mil.
• Receitas descritas nas linhas 17 (conta de consumo) são pagas às empresas de água, energia e gás por meio do rateio das contas referentes somente ao período da partida.
• A linha 18 (custo operacional) é referente a valores que o clube paga diretamente a fornecedores como segurança, limpeza, orientadores, etc. Esse efetivo é dimensionado pelo próprio time, bem como a negociação com cada empresa.
• A linha 15 (custo de infraestrutura) trata de equipamentos, como separadores de fila, que o clube aluga para realizar a partida.
• Em resumo, os únicos valores pagos diretamente ao Maracanã são o aluguel os das linhas 16 (aluguel do estádio - R$ 120 mil) e 17 (contas de consumo - R$ 150 mil de provisão, mas cerca de R$ 95 de valor real depois da medição) de gás, energia e água, que os clubes pagam somente pelo valor consumido durante as partidas.
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário!