Messi é expulso, mas Argentina domina Chile e garante terceiro lugar da Copa América

 (Foto: Marcos Ribolli)


É claro que não se trata de uma revanche, por não ser uma final, mas a Argentina mostrou desde o início que levaria bem mais a sério do que o Chile a disputa de terceiro lugar da Copa América. Depois de perder as duas últimas finais para a Roja (2015 e 2016), a Argentina dominou o rival na tarde deste sábado, na Arena Corinthians, venceu por 2 a 1 sem grandes dificuldades e saiu com o prêmio de consolação da Copa América. Messi jogou bem de novo, ainda que não tenha marcado e tenha sido expulso – os gols foram de Agüero e Dybala; Vidal descontou de pênalti. Previsão de bom futuro para os argentinos, mas de preocupação para os chilenos.

Sim, é real, e só pela segunda vez na carreira! Depois de um lance na linha de fundo com o zagueiro Medel, o craque argentino foi duramente cobrado pelo rival, que encostou a cabeça e o peito no argentino. O árbitro Mario Díaz de Vivar, no desespero, acabou expulsando os dois – ainda que Messi mal tenha reagido às provocações de Medel. O árbitro não quis saber nem do VAR e manteve a decisão, para protesto dos torcedores na Arena Corinthians. Com o vermelho, Messi ainda vai perder a primeira partida da Argentina nas Eliminatórias para a Copa de 2022, em março próximo.

Depois dos dois vices, a Argentina termina a Copa América em terceiro. Depois dos dois títulos, o Chile termina o torneio em quarto lugar. Agora as duas seleções pensam nas Eliminatórias para a Copa de 2022, que começam em 2020. Antes, Argentina e Chile fazem amistoso no dia 5 de setembro, em Los Angeles.

Mario Díaz de Vivar, árbitro paraguaio, deixou os jogadores mandarem na partida. Permitiu lances duros, princípios de confusões e nada fez diante de jogadas mais ríspidas do Chile. Não à toa, foi o personagem em campo mais vaiado pelos torcedores na Arena Corinthians – que pagaram ingresso pelo pacote completo, com Messi por 90 minutos em campo.

A Argentina jogou para ganhar, enquanto o Chile já estava com a cabeça longe da Copa América. Pressionando desde o início, a equipe de Lionel Scaloni criou chances e abriu o placar logo aos 11 minutos, quando Messi cobrou falta rapidamente e encontrou Agüero sozinho para driblar Arias e marcar. Pouco depois, aos 21, Dybala aumentou após passe de Lo Celso. Com o jogo praticamente decidido e a saída de Alexis Sánchez, lesionado, o Chile passou a levar a partida para o lado da provocação – e conseguiu assim a expulsão bizarra de Messi, que tomou cartão junto com Medel. O jogo praticamente acabou com a saída do camisa 10, indignado, porém aplaudido pelo público presente na Arena Corinthians.

A Argentina passou a administrar o jogo e investir em contra-ataques, finalizando só na boa. Mesmo assim, teve mais volume do que o rival, principalmente após a entrada de Di María – o experiente meia-atacante criou lances e quase deu o terceiro gol para Agüero. O Chile, perdido, só brilhou com o gol de pênalti de Vidal, numa jogada revisada pelo VAR em cima de Aránguiz. Não houve, porém, tempo nem vontade de uma reação mais intensa.

O Chile deixa a Copa América com duas derrotas seguidas, para Peru e Argentina, além da lesão de Alexis Sánchez e o jogo abaixo da média de Arturo Vidal. A renovação lenta da seleção chilena pode ser problema para o próximo ciclo de Copa do Mundo – vale lembrar que o Chile ficou fora da Copa do Mundo de 2018.

Foram seis jogos na capital paulista nesta Copa América – três no Morumbi e três na Arena Corinthians. Os gramados, pelo menos em São Paulo, passaram ilesos às reclamações que se tornaram comuns durante o torneio, e não houve grandes problemas de organização. Os cinco jogos além de Argentina x Chile: Brasil 3 x 0 Bolívia, Japão 0 x 4 Chile, Colômbia 1 x 0 Catar (os três no Morumbi); Brasil 5 x 0 Peru e Colômbia 0 (4) x (5) 0 Chile (na Arena Corinthians).

Globo Esporte

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