Felipão admite abalo psicológico do Palmeiras, mas mantém otimismo: "Nada está terminado"

(Foto: CELSO PUPO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO)


Felipão, técnico do Palmeiras, admitiu em entrevista coletiva após a derrota para o Flamengo por 3 a 0, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, que o time ainda sente a eliminação para o Grêmio, na terça-feira passada, pelas quartas de final da Copa Libertadores da América.

– Temos que entender que a parte anímica atuou um pouco mais sobre os jogadores. O Flamengo, jogando muito bem, fez aquilo que vem fazendo. O Flamengo venceu pelo nosso primeiro erro e porque sentimos animicamente. Sempre, no jogo seguinte, temos uma dificuldade maior – disse.

Sem vencer no Brasileirão desde o retorno da competição após a parada da Copa América, o time do Palmeiras segue nas primeiras colocações, com 30 pontos e um jogo a menos.

– Nós vamos ter que resgatar trabalhando. Bastante diálogo, amostra de detalhes que têm acontecido. Temos que tentar fazer algo melhor. Conversar bastante sobre o que precisamos conversar, principalmente sobre o Brasileiro. Nada está terminado. Temos uma grande possibilidade de reação. Vamos ter que fazer esse trabalho em conjunto – completou Felipão.

O Palmeiras volta a campo no próximo sábado, às 21h, contra o Goiás, no Serra Dourada.

Veja outros tópicos da entrevista:

Análise da derrota

– Eu penso que a intenção era organizar pelo meio com três jogadores mais fixos, dando maior consistência o setor onde rodam os atletas do Flamengo. Fizemos isso até uns 15 minutos. Era um jogo equilibrado. Conseguimos fazer um gol que foi anulado pelo VAR. Não tinha nenhum problema tão evidente. Erramos uma saída de bola e oportunizamos um contra-ataque, aí saiu o gol.

Pressão

– A pressão existe, vai existir e deve existir pelos resultados. É normal. Estamos tentando fazer um trabalho equilibrado, organizado, temos tudo definido. Passamos aos atletas o trabalho que é feito durante a semana. Os resultados não estão acontecendo. Temos que revisar algumas coisas, mas precisamos que os atletas entendam que temos que mudar algumas peças e situações táticas para atingir o objetivo, que é brigar pelo título.

Questão anímica

– Quando iniciamos o jogo... Não sei que minuto foi o gol do Palmeiras. Até o início do jogo estava tudo bem organizado, bem definido, nós com bom trabalho de bola e o Flamengo também. Depois daquilo, são lances como esse, do primeiro gol, que damos oportunidades a equipes que aproveitam. Não estamos aproveitando as oportunidades que as equipes estão dando para nós fazermos o gol. Aí volta aquela história da derrota logo depois do jogo contra o Internacional lá. Não se pode tirar isso do dia para o outro da cabeça do jogador. A gente tenta, mas às vezes não conseguimos atingir a parte psicológica do jogador da maneira que queremos. Vamos ter que ver onde está esse ponto que precisamos atingir de equilíbrio e tentar.

Sequência no Brasileirão

– Temos que trabalhar, buscar alguma situação psicológica de mentalizar que tem qualidade, tem bom jogador. Trabalhar, recuperar confiança, fazer com que a bola seja um pouco mais trabalhada entre eles. Que o erro que se cometa não seja tão visível a ponto de deixar o adversário fazer o gol.

Jorge Jesus

– Ele estava lá na parte dele, vendo sua equipe, não teve tempo de conversar comigo. Também não fui procurar. Tem muitos técnicos no Brasil que não gostam de ser cumprimentados. Se me quiser dois nomes posso dizer. Esperei que o Jorge viesse até o nosso lado. Normalmente vamos nos encontrar depois do gol. O Flamengo teve, além da qualidade do seu treinador, qualidade dos jogadores que se impuseram diante do nosso time. Por isso fizeram os 3 a 0. Conseguimos dar o primeiro gol a eles, mas fizeram com tranquilidade.

Blindar os jogadores

– Sempre blindei minhas equipes. Sempre assumo as responsabilidades. Se alguém quer dividir, divide. Eu acho que o presidente fez aquilo que é o mais correto, tinha que fazer quando se dirigiu a vocês falando, principalmente, do Alexandre. É uma situação estranha. Quanto ao restante, nós da parte técnica temos que fazer o nosso trabalho. Temos que entender que é um momento diferente, trabalhar de uma forma muito mais intensa, buscar alternativas para sair de onde estamos.

Globo Esporte

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