Cruzeiro teria pago três jornalistas para defenderam diretoria na imprensa mineira

(Foto: Reprodução)

Por Redação Blog do Esporte


O jornalista Rodrigo Capelo, do Globoesporte.com, divulgou nesta sexta-feira (1º) uma reportagem onde revela que a diretoria do Cruzeiro pagou três jornalistas para defenderem a diretoria em veículos e redes de comunicação. A quantia seria discriminada como “prestação de serviços” ao clube.

Capelo mostra que os jornalistas Artur Vibrantinho, PC Almeida e João Carlos Felisberto recebiam do clube Celeste para defender a diretoria em veículos de imprensa e redes sociais e até mesmo atacar reportagens críticas ao clube. Em nota divulgada no GE, o Cruzeiro disse que o pagamento não fere as regras do clube.

“O Cruzeiro Esporte Clube tem como política não discutir de forma individualizada contratos com fornecedores e prestadores de serviços. Os acordos vigentes seguem política estratégica dos departamentos e, como todos os atos da diretoria executiva, estão sujeitos à fiscalização dos órgãos competentes dentro da associação. Entendemos que as questões formuladas são referentes a assuntos internos, portanto não devem ser discutidas na imprensa. Reiteramos, por fim, que os contratos respeitam todas as regras e o estatuto do clube”, informa a diretoria.

Durante toda a reportagem, Capelo revela momentos em que os jornalistas foram contrários as críticas e defenderam o clube. Vibrantinho teria argumentado sobre um empréstimo de R$ 2 milhões do clube, o que em tese fere as regras do futebol. O jornalista pago pelo clube disse que tal atitude não era ilegal, o que é desmentido por Capelo na reportagem.

“Vibrantinho estava errado. O Cruzeiro não deu percentuais dos jogadores como garantia para o empréstimo de R$ 2 milhões com Cristiano Richard dos Santos Machado, empresário que abriu essa linha de crédito facilitada. O clube quitou o empréstimo feito por ele com os direitos dos atletas, entre eles um menor de idade No juridiquês, chama-se dação quando alguém paga uma dívida com moeda que não estava prevista, neste caso os direitos dos atletas. Cristiano Richard, no mês passado, acionou o clube na justiça cobrando R$ 426 mil”, mostra Capelo em sua publicação.

Já Paulo Cesar Almeida, o PC Almeida, defendia a diretoria em suas redes sociais. Chegou a ser jornalista do Globoesporte.com por três anos e era um grande crítico a diretoria do clube, mas mudou de postura em 2017, com a eleição de Wagner Pires de Sá.

“A minha mudança de postura calhou com a mudança de diretoria. Alguns querem fazer parecer que isso influenciou minha opinião. Afirme (sic) que isso tem zero influência. Quem acha o contrário e prefere me difamar, sugiro que encontre provas, pois cabe ao acusador o ônus da prova”, escreveu em seu Twitter em 2 de agosto de 2018.

No caso de João Carlos Felisberto, fundador do site Nação 5 Estrelas, a linha editorial também mudou com a chegada de Pires de Sá.

“Felisberto assinou no fim de 2018 um contrato de publicidade com o Cruzeiro, com início em 20 de dezembro daquele ano e duração prevista até 17 de dezembro de 2020. O administrador do site recebia R$ 7 mil por mês do clube e teria obtido R$ 189 mil se tivesse chegado ao final”, expõe Capelo.

Você pode conferir a reportagem completa de Capelo neste link. Dentre os jornalistas citados, apenas Felisberto deu um retorno a reportagem do GE.

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