Aston Martin entra na Fórmula 1 em 2021; nome Racing Point será extinto

(Foto: Getty Images)


Mais de 60 anos depois, a Aston Martin voltará a ter uma equipe de Fórmula 1, a partir da temporada 2021. A montadora britânica passará a nomear a atual Racing Point e será chefiada pelo bilionário empresário canadense Lawrence Stroll, pai do piloto Lance Stroll e responsável por adquirir parte da Aston Martin, que, segundo informações publicadas por veículos especializados em economia, ficaria sem dinheiro em menos de um ano. Stroll pai comentou os bastidores da complexa operação:

"O processo de investimento nesta maravilhosa marca de carros exigiu toda a minha atenção e energia por vários meses. Certamente houve algumas noites sem dormir. Ao mesmo tempo, foi um dos acordos mais emocionantes em que já estive envolvido. Carros são a minha paixão, grande parte da minha vida, e a Aston Martin sempre teve lugar especial no meu coração. Anunciar que o acordo está finalizado é um enorme privilégio e um dos momentos de maior orgulho da minha carreira."

Nas últimas temporadas, a equipe passou por diversas mudanças. Até 2018, o time se chamava Force India, ainda um resquício da época em que era dirigida pelo empresário indiano Vijay Mallya, mas uma severa crise financeira resultou em recuperação judicial. Foi quando Lawrence Stroll entrou em ação para adquirir o time, mudar seu nome, e, recentemente, comprar parte da Aston Martin já pensando em renomear a escuderia.

- Uma marca com o pedigree e a história da Aston Martin precisa estar competindo no mais alto nível do automobilismo. É a coisa mais emocionante que aconteceu na memória recente na F1 e é emocionante para todas as partes interessadas no esporte, especialmente para os fãs. Não consigo pensar em um nome melhor para uma equipe de F1. Nossa estratégia de investimento coloca a F1 como um pilar central da estratégia de marketing global e faz todo o sentido renomear o Racing Point.

Stroll comentou ainda que, devido à pandemia de coronavírus, todos na equipe estão se utilizando de vídeoconferências para tomar decisões. Além disso, a Racing Point segue ajudando no "Project Pitlane", um trabalho conjunto entre as equipes sediadas na Inglaterra para desenvolver respiradores para os pacientes com a doença.

Aston Martin: trajetória curta na F1

A Aston Martin já teve uma equipe na Fórmula 1. Entre 1959 e 1960, a montadora britânica disputou cinco grandes prêmios com seu próprio carro. No primeiro ano, foram quatro provas, com resultados bastante razoáveis. O inglês Roy Salvadori, por exemplo, conseguiu dois sextos lugares (Inglaterra e Portugal) e só não pontuou porque apenas os cinco primeiros colocados somavam.

Em 1960, a Aston Martin disputou apenas o GP da Inglaterra, com abandono de Salvadori e um 11º lugar do francês Maurice Trintignant. Nas últimas décadas, a montadora conseguiu resultados expressivos em corridas de longa duração, com quatro vitórias nas categorias de GT nas 24 Horas de Le Mans - em 1959, a Aston Martin venceu no geral.

Globo Esporte

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