Andy Murray sinaliza que vai jogar o US Open: "Estou disposto a correr o risco"

(Foto: LUC CLAESSEN / BELGA / AFP)


O ex-número 1 do mundo e bicampeão olímpico Andy Murray afirmou neste domingo que tem a intenção de atuar no Masters 1000 de Cincinnati e no US Open, que serão realizados em sequência na "bolha" formada em Nova York entre os dias 20 de agosto e 13 de setembro. Apesar do momento de pandemia pelo novo coronavírus, o britânico pareceu disposto a "correr o risco" de ir aos Estados Unidos.

- Apesar de estar me sentindo relativamente bem, obviamente há um risco, mas eu quero tentar jogar os torneios (Cincinnati e US Open) e desfrutar dos grandes eventos novamente. Eu amo esses grandes torneios. Apesar de que vai ser diferente sem os fãs, mas é algo que eu me importo e eu estou disposto a correr o risco e ir lá jogar - afirmou Murray ao jornal "The Guardian" durante sua participação em um evento de exibição em Londres.

Sem jogar profissionalmente desde novembro de 2019, Andy Murray aproveitou o início da temporada e a posterior pausa do circuito por conta da pandemia pelo coronavírus para seguir na recuperação de suas cirurgias no quadril. Ao longo dos últimos meses, ele atuou apenas nas duas edições da "Battle of the Brits", torneio exibição que reúne apenas jogadores britânicos.

Murray confirmou ainda seu planejamento de ida para os Estados Unidos, que deve acontecer já nessa próxima semana para poder treinar por alguns dias antes de ir para a "bolha" formada no complexo de Flushing Meadows, que vai abrigar na sequência o Masters 1000 de Cincinnati e o US Open. O britânico lembrou que durante o processo de testagem na chegada dos jogadores, haverá um período de inatividade e, por isso, sua intenção de estar mais cedo do que o previsto.

- Você pode entrar na bolha no dia 15 de agosto. Vai ser testado na chegada e não pode treinar até ter os resultados, o que deve acontecer somente na tarde do dia 16. O classificatório começa já no dia 19, o que é um pouco rápido para se adaptar às condições e superar o voo. Ainda tem esse período em que você não pode fazer nada. Então, estou considerando chegar mais cedo em Nova York e treinar numa quadra privada em algum lugar alguns dias antes de entrar e ser testado - disse Murray.

Outra preocupação de muitos tenistas é a ida dos Estados Unidos para a Europa na sequência para a disputa dos torneios de saibro - entre eles, Roland Garros. Há um temor de ser necessária uma quarentena de 14 dias antes de poder voltar a atuar. No entanto, Murray afirmou que há garantias de que os jogadores poderão seguir direto para as competições, se iniciando no Masters 1000 de Madri, no dia 14 de setembro.

- Antes de partirmos, os jogadores vão ter essa garantia, de que quando voltarem da América não vão precisar fazer quarentena de duas semanas. Se for o caso e a pessoa for bem no US Open, não vai chegar no domingo logo antes da estreia em Roland Garros, na segunda. Isso não vai funcionar (...) Eu prefiro jogar a semana logo seguinte ao US Open do que em Roma (duas semanas depois). Para mim, Roland Garros seria a prioridade - afirmou Murray.

Globo Esporte

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