Bolsonaro confirma aval para Copa América no Brasil: "No que depender do Governo"

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O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira, que deu aval para que a Copa América seja realizada no Brasil.

- No que depender do Governo Federal, será realizada a Copa América no Brasil - afirmou.

Em evento realizado no Palácio do Palácio, sede do Governo em Brasília, o presidente afirmou que consultou "todos os ministros interessados" – incluindo Marcelo Queiroga, da Saúde – e obteve o consentimento de todos.

– Fui instado no dia de ontem pela CBF. Conversei com todos os ministros interessados. Da nossa parte, positivo. No que depender de mim, e de todos os ministros, inclusive da Saúde, está acertado, haverá (a Copa América) – disse Bolsonaro.

O anúncio do Brasil como sede ocorreu após desistência de Colômbia e Argentina. Na segunda, a Conmebol chegou a agradecer a Bolsonaro por "abrir as portas" do país, mas horas depois, o ministro da Casa Civil, Luiz Ramos, disse que a confirmação seria dada apenas nesta terça-feira.

Ramos havia dito que o governo teria imposto como condições que as delegações, de no máximo 65 pessoas, chegassem ao Brasil já vacinadas. No evento de hoje, porém, Bolsonaro disse que o protocolo não será tão restritivo, e citou casos específicos.

– Todos os meus ministros são favoráveis à Copa América no Brasil com os mesmos protocolos das Eliminatórias e da Libertadores. Caso encerrado – disse.

A fala vai de encontro ao que disse o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. Em pronunciamento no Palácio do Planalto nessa segunda-feira, ele afirmou que uma das condições para que a Copa América venha ao Brasil é que as delegações estejam vacinadas. Essa medida, entretanto, não é obrigatória nos protocolos sanitários da Libertadores e das Eliminatórias Sul-Americanas.

Críticas

Logo após o anúncio da Conmebol, na segunda-feira, especialistas em saúde criticaram a escolha do Brasil como sede. O país soma quase 463 mil mortes por Covid, além de 16,5 milhões de casos confirmados da doença.

Nesta terça, a Copa América foi alvo de críticas de senadores na CPI da Covid, no Senado. O relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), classificou a decisão de "escárnio", e chegou a pedir a ajuda de Neymar para impedir a realização do torneio.

– Não concorde com a realização dessa Copa América no Brasil. Não é esse o campeonato que precisamos agora disputar. Precisamos disputar o campeonato da vacinação. É esse campeonato que precisamos disputar ganhar e você precisa marcar gols para que esse placar seja alterado – discursou.

Pouco depois do anúncio da Conmebol, de que o Brasil seria a nova sede da Copa América, parlamentares se manifestaram de maneira contrária à vinda da competição ao país. O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) antecipou que o partido entraria com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a realização do evento no Brasil, o que ocorreu no início da noite dessa segunda-feira.

Globo Esporte

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