Francisco Barretto domina o cavalo com alças e conquista o ouro na ginástica artística do Pan

(Foto: Ricardo Bufolin / CBG)


Francisco Barretto vibrou muito ao fim de sua série de cavalo com alças. Justamente o aparelho que mais derruba os brasileiros foi dominado pelo paulista de 29 anos. Nesta terça-feira, ele se manteve firme em meio a giros e mais giros para arrancar o ouro do cavalo com alças dos Jogos Pan-Americanos de Lima. Com 13,533 pontos, Chico deixou para trás o americano Robert Neff (13,466) e o colombiano Carlos Calvo (13,233).

Bicampeão do Pan por equipes (2011 e 2019), Chico agora tem também um título individual, justamente no aparelho mais fraco do Brasil. Mas o ginasta conseguiu domar o cavalo. No Mundial do ano passado quase pegou final no aparelho, ficou na reserva. Agora no Pan a decisão veio, e com medalha de ouro.

Quinto colocado da barra fixa na Olimpíada do Rio, Chico mostrou que é bom de decisão. Conseguiu manter a cabeça no lugar para encarar o cavalo com alças enquanto seus rivais sofriam para se manter no aparelho. E olha que na classificatória quatro deles conseguiram notas acima dos 14 pontos. Na final, porém, até mesmo o mexicano Daniel Corral, vice-campeão mundial do cavalo em 2013, sofreu a queda.

- Eu odeio a expectativa de depender da nota do outro. Eu entrei para fazer o meu melhor, optei pela estratégia de fazer uma serie mais simples, mais segura. Saí contente, mas sei que posso fazer melhor. Isso me causou um desconforto. Depois só agradeci porque fiz meu papel - disse o medalhista.

Chico ainda vai voltar ao Ginásio Villa El Salvador na quarta-feira, a partir das 15h, para buscar mais dois pódios, nas barras paralelas e na barra fixa, seu principal aparelho. Ele foi o segundo colocado na classificatória, atrás apenas do companheiro de equipe Arthur Nory.

Nory fica no quase no solo

O Brasil por muito pouco não teve mais um pódio na abertura das finais por aparelhos da ginástica artística. Atual medalhista olímpico de bronze no solo, Arthur Nory foi o quarto colocado no aparelho. Ele apresentou uma série muito limpa e conseguiu 13,966 pontos. Não foi o suficiente para superar o colombiano Andres Martinez (14,100), o americano Robert Neff (14,166) e o chileno Tomás González (14,600), que enfim conquistou o ouro do solo no Pan depois de ser bronze em 2007 e prata em 2011.

Campeão olímpico das argolas, Arthur Zanetti também buscou um lugar no pódio do solo. Fez uma boa apresentação e conseguiu 13,733 pontos, mas acabou no sétimo posto. Ele voltou a ginásio Villa El Salvador para a final das argolas, mas não conseguiu defender seu título e ficou com a prata.

Globo Esporte

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