Aos 39, Nicholas leva o bronze e atualiza recorde de nadador mais velho a ir ao pódio em Mundiais

(Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br)


O termo "F5" pode ser muito bem utilizado para Nicholas Santos. Aos 39 anos, ele conquistou a medalha de bronze na prova dos 50m borboleta do Campeonato Mundial de natação, que está sendo realizado em Gwangju, na Coreia do Sul. Assim, atualizou um recorde que já era dele: o de nadador mais velho a conquistar uma medalha na história dos Mundiais, já que, aos 37, tinha sido prata em Budapeste 2017, na Hungria.

Nicholas completou a prova em 23s78. O vencedor foi o americano Caeleb Dressel, que bateu o recorde do campeonato com 22s35, enquanto a prata foi conquistada pelo russo Oleg Kostin, com 22s79. O brasileiro ficou apenas um centésimo na frente do quarto colocado, o americano Michael Andrew.

- Foi um pouquinho distante do que eu tinha planejado, com 22s40 . Mais uma vez acho que na saída, o árbitro segurou bastante, isso atrapalha nas provas de velocidade. Mas, estou satisfeito, praticamente não estaria aqui não fosse o convite da Fina. Estou muito feliz, mais uma medalha em Mundial, a primeira do Brasil nesse Mundial. Estou muito satisfeito, com 39 anos, fazendo história na natação - disse Nicholas após a prova.

No caminho até a final, Nicholas teve um susto nas eliminatórias. Nadou mal, principalmente porque se desconcentrou com a queimada de largada de um dos adversários, e foi apenas o 11º colocado no geral, passando para a semifinal com um certo risco. Na semi, já melhorou bastante, nadou como de costume e passou para a decisão com o segundo tempo.

O nadador, que disputou seu primeiro Mundial em piscina longa em 2001, em Fukuoka, no Japão, é o mais velho de todo o evento de Gwangju deste ano. O segundo mais velho é um nigeriano de 35 anos, ou seja, quatro anos mais novo.

O currículo de Nicholas Santos é invejável. Em Mundiais de piscina longa (50m), foi vice-campeão nas últimas duas edições, em 2015 (Kazan, na Rússia) e 2017 (Budapeste, na Hungria). Em piscina curta (25m), competição com um nível de importância um pouco menor, ele é bicampeão - 2012 (Istambul, Turquia) e 2018 (Hangzhou, China).

A prova dos 50m borboleta não está no programa olímpico, sendo disputada apenas em Campeonatos Mundiais. O veterano pensa em tentar uma vaga nos Jogos de Tóquio 2020 nos 50m livre.

Guido na final

Pelo segundo Campeonato Mundial consecutivo de piscina longa, Guilherme Guido está na final dos 100m costas. Nesta segunda-feira em Gwangju, na Coreia do Sul, ele foi o sétimo melhor classificado, com 53s23, e passou para a final da prova, que será nesta terça-feira, a partir das 8h de Brasília.

Scheffer fora da final

Fernando Scheffer ficou fora da final dos 200m livre por 0.7 centésimos. Ele nadou a primeira das duas séries das semifinais para 1m45s83, terceiro melhor tempo da bateria. Na série seguinte, porém, o ritmo foi forte o suficiente para deixar o brasileiro com o nono tempo da prova. O oitavo melhor foi o italiano Filippo Megli (1m45s76).

Título de Adam

Nos 100m peito, o britânico Adam Peaty confirmou o favoritismo e venceu a prova com o tempo de 57s14. Ele, porém, ficou acima do seu recorde mundial, batido nas eliminatórias de domingo, com o tempo de 56s88. A prata ficou com seu compatriotra James Wilby, com 58s46, e o bronze acabou com o Zibei Yan, da China, com 58s63.

Surpresa nos 100m borboleta

Favorita ao ouro, a sueca Sarah Sjoestroem, acabou perdendo a prova para a canadense Margaret Macneil. A diferença dos tempos foi bem significativa, com 55s83 para Macneil contra 56s22 de Sarah. O bronze ficou com a australiana Emma McKeon, com 56s61. Sarah é a atual campeã olímpica e tinha os títulos mundiais de 2013, 2015 e 2017.

Globo Esporte

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