Com Marcelo Chamusca, Botafogo acelera planos para Série B e investidas no mercado

 (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)


Um acerto sem espaço para muita celebração ou conversa fiada. Assim foram as primeiras horas de Marcelo Chamusca como técnico do Botafogo. Antes mesmo de chegar ao Rio de Janeiro para assinar contrato, o novo treinador já se debruçou sobre o trabalho para não perder tempo. Na pauta, os reforços e o planejamento para 2021.

Na escolha pelo baiano, o objetivo claro é a volta à Série A para a próxima temporada. Mas Chamusca foi seduzido, também, pela oportunidade de convencer e permanecer no comando de uma das principais camisas do país. O primeiro passo é a montagem do elenco, e o treinador avalia junto dos dirigentes a lista de reforços e os atletas que têm negociações em andamento. A partir de agora, fora os já acertados, todos passarão pelo crivo do comandante.

O planejamento inicial do Botafogo começou antes mesmo da chegada do novo treinador. Com a demissão de Eduardo Barroca e Tulio Lustosa, a definição sobre nomes e negociações de jogadores ficou concentrada em Eduardo Freeland, diretor de futebol. Foram os casos do zagueiro Gilvan, o lateral-direito Jonathan, os volantes Pedro Castro e Matheus Frizzo e o atacante Ronald.

Se antes o planejamento do Bota era com o freio de mão puxado, agora o clube já pode pensar em engatar algumas marchas e acelerar o projeto para retornar à Série A. A escolha pela nova filosofia de trabalho deu o norte que guiará tanto as contratações quanto as manutenções e saídas do atual elenco.

Marcelo Chamusca e comissão técnica estarão encarregados também de definir programação de treinos e folgas da equipe até o Campeonato Carioca. Com ele, chegam um auxiliar e um preparador físico. Com pouco tempo entre o fim da temporada e o início da próxima, o treinador utilizará os treinos entre a última rodada do Brasileirão e as primeiras do Estadual como laboratório.

Primeira opção da segunda prateleira

A intenção original do Botafogo era fazer uma aposta ousada. O clube tinha na mira alguns treinadores mais consagrados no mercado, mas que justamente por isso optaram por aguardar outras oportunidades na Série A. São os casos de Cuca, Dorival Junior e Fernando Diniz. Viu-se que seria inviável desde o início, e a diretoria recorreu a técnicos menos renomados, mas com potencial. Se voltou, então, para Lisca e Chamusca.

Como Lisca havia renovado há pouco tempo com o América-MG e chegou a despertar interesse do Santos, Chamusca logo apareceu como a melhor opção. O baiano é avaliado com boa experiência na Série B e bom de vestiário. As conversas foram tocadas por Freeland, que tinha estipulado o fim desta semana junto com a diretoria como prazo máximo para o anúncio, para não comprometer ainda mais o planejamento.

Marcelo Chamusca não estará à frente do Botafogo nos últimos jogos do Brasileirão. Mas o novo treinador irá ao Estádio Nilton Santos para o duelo contra o São Paulo, nesta segunda-feira. É quando a chegada dele ao Rio está prevista. Até o fim oficial da temporada, o time ainda deve ter à beira do campo o auxiliar permanente Lucio Flavio.

Globo Esporte

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