Federação confirma decisão do Gauchão no Centenário, em Caxias do Sul

(Foto: Diego Guichard)


O Novo Hamburgo tentou de todas as formas liberar as arquibancadas móveis do Estádio do Vale para receber a partida decisiva do Gauchão, contra o Inter, no próximo domingo, mas teve os planos frustrados pelo Corpo de Bombeiros. Na tarde desta terça-feira, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) Francisco Novelletto anunciou que a grande final será disputada no Estádio Centenário, em Caxias do Sul.

Os esforços da diretoria anilada foram concentrados para ampliar a capacidade de sua casa para 11,5 mil lugares. Pelo regulamento do Gauchão, em caso de participação de um dos times da dupla Gre-Nal na final, os estádios que receberem as partidas precisam ter lotação mínima de 10 mil pessoas. Hoje, o Estádio do Vale, do Novo Hamburgo, pode receber 5,5 mil torcedores.

Durante esta terça-feira, operários foram deslocados para o Estádio do Vale com o objetivo de trabalhar na instalação das arquibancadas móveis – o que se intensificou no início da tarde. Presidente do Novo Hamburgo, Juarez Radaelli mostrava confiança com a possibilidade de sediar a decisão do Gauchão. O dirigente esperava pela aprovação do projeto apresentado para o Corpo dos Bombeiros, para então acelerar a montagem.

Por outro lado, o Vale mostrava-se longe de estar pronto para atender a demanda mínima de 10 mil lugares. Contava com gradis espalhados pelas arquibancadas e com boa parte das peças guardadas em caminhão que estava atrás de uma das goleiras. Somado a isso, houve preocupação extra por conta do torcedor Jeferson Michel Kayser, que caiu da grade durante a semifinal contra o Grêmio e que segue internado.

Representante do Novo Hamburgo em reunião na sede da FGF nesta tarde, o ex-presidente Rosalvo Johann, o "Maneca", falou em má vontade na vistoria.

 (Foto: Diego Guichard)

– Eu vejo uma má vontade dos bombeiros. Isso nos chateia muito. Uma comunidade ordeira como Novo Hamburgo tem que disputar um título depois de 65 anos em Caxias do Sul. A gente ouviu um dirigente do Inter falando que jogo contra Corinthians e Atlético-MG é igual ao Novo Hamburgo. Será que somos tão grandes assim? Mas vamos respeitar. Eles são a lei. Estávamos com uma empresa que trabalhou dia e noite. Mas quando não existe boa vontade, não adianta. Infelizmente, a boa vontade não exisitu – afirmou Johann.

O objetivo do Noia era disponibilizar 4,5 mil lugares para sua torcida no Estádio do Vale, que ocuparia o pavilhão social, e outros 7 mil para os colorados, que ficariam nas arquibancadas móveis atrás das goleiras e no lado oposto ao do torcedor anilado.

Pelo lado colorado, quem se pronunciou foi o diretor de futebol Adauri Silveira. Ele considerou que o regulamento foi cumprido, assim como ocorreu na negativa da federação após o Inter pedir para inscrever um quarto goleiro devido às lesões recentes.

– Desde o momento que o presidente Novelletto marcou o jogo para Caxias, estávamos na expectativa. Não houve a liberação, segue o que estava marcado. Que bom que o regulamento foi cumprido. Não há vantagem. Nossa preocupação era com a segurança das duas torcidas. Já fomos prejudicados pelo regulamento na questão dos goleiros. O regulamento disse que precisa ter 10 mil lugares. Só queríamos que fosse cumprido – comentou o dirigente.

O Novo Hamburgo tentou utilizar os módulos instalados atrás dos gols na semifinal contra o Grêmio, mas o projeto também foi vetado pelos bombeiros. A própria direção admitiu que, à época, o estudo estava incompleto.

Com a indefinição em voga, a FGF já havia indicado o Estádio Centenário, do Caxias, como opção. O local tem capacidade para cerca de 20 mil pessoas. Os ingressos precisam ser colocados à venda na quinta-feira, 72h antes da partida. No jogo de ida, Inter e Novo Hamburgo empataram em 2 a 2 no Beira-Rio, em Porto Alegre. Agora, nova igualdade no placar leva a decisão para os pênaltis. Vitória dá o título ao vencedor.

Globo Esporte

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